Brasileiro Márcio Freire foi resgatado mas não resistiu à parada cardiorrespiratória
O surfista de onda gigante Márcio Freire, de 47 anos, morreu nesta quinta-feira (5) após cair de um dos paredões da Praia do Norte, em Nazaré (Portugal). A morte foi confirmada pela Autoridade Marítima Nacional de Portugal.
De acordo com o comunicado oficial da entidade, os bombeiros voluntários da Nazaré receberam a notificação de um acidente envolvendo um surfista pelas 16h20 (hora local). Márcio foi retirado da água por nadadores em um jet ski, mas já havia caído na areia em parada cardíaca. Após a chegada dos bombeiros voluntários da Nazaré e dos paramédicos do Instituto Nacional de Emergência Médica (Inem), que continuaram a tentar reanimar o brasileiro, foram realizadas manobras de reanimação. No entanto, “depois de várias tentativas, a situação não se inverteu”.
Thiago Jacaré, também especialista em ondas grandes e contemporâneo de Márcio, lamentou a morte do amigo nas redes sociais.
Fora dos circuitos de surfe profissional, como a World Surfing League (WSL), Márcio Freire foi um dos pioneiros das ondas gigantes. Aos 23 anos, o baiano foi surfar em Maui (Havaí) e se destacou remando na Jaws – considerada a melhor onda grande do planeta.
Em 2017, o pioneirismo de Márcio Freire foi retratado no documentário Mad Dogs – gíria havaiana traduzida livremente como “Crazy Dogs” – dirigido por Robert Studart. A obra conta a história de Márcio e outros dois baianos – Danilo Cout e Yuri Soledade – que surfaram Jaws com fé e coragem quando já era costume os ajudantes de jet-sky puxarem os surfistas para criar uma onda. Além disso, era comum o uso de equipamentos de proteção (coletes salva-vidas).
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