Contusões, fracassos, decepções do PSG, suspensões, 30 anos e cinco meses de idade. Neymar é avaliado em ‘apenas’ 75 milhões de euros, R$ 381 milhões. Foi comprado em 2017 por 222 milhões de euros, R$ 1,3 bilhão
O mercado de jogadores da elite é muito cruel.
Leva em consideração absolutamente tudo.
O atleta é visto como produto.
E Neymar tem problema grave, que vai além de seu comportamento infantilizado, suas expulsões gratuitas, as simulações, as farras intermináveis.
As duas fraturas no quinto metatarso, no “dedinho”.
Foram ambas no mesmo lugar. Por mais que a medicina esportiva tenha avançado, é um fator que o desvaloriza. A região precisa estar muito protegida.
O pisão que Neymar levou hoje de Léo Ortiz, que fez seu pé direito inchar imediatamente e talvez o tire do jogo contra a Coreia do Sul, amanhã, trouxe muita preocupação para o departamento médico da seleção. Mas como foi em outra região do pé, só houve o hematoma e o inchaço.
O jogador, que não perde uma oportunidade para postar nas redes sociais, tratou de mostrar o pé inchado. E ironizou, fazendo enquete fantasiosa, perguntando se seu pé estava “bonito”.
O que, para os fãs, é uma chance de demonstrar carinho, na verdade, para empresários e dirigentes de clubes da elite, é apenas mais um aviso de quanto Neymar se contunde.
O PSG, que o comprou como o jogador mais caro do mundo, em 2017, por 222 milhões de euros, atualmente R$ 1,1 bilhão.
Das 268 partidas que o PSG disputou, ele atuou apenas em 144 delas. Perdeu 47% dos jogos. Por contusões, suspensões, folgas, partidas pela seleção brasileira.
Dos 46 jogos do time de Tite, depois do fracasso na Copa da Rússia, Neymar esteve apenas em 27 partidas. São 41,3% de ausência.
Enquanto ele disputa torneios de pôquer, vai para farras com os parças e já se prepara para o período de férias do verão europeu, depois dos amistosos da seleção brasileira, o mercado segue o analisando com frieza.
E depois de outra temporada fracassada no PSG, se tornando mero coadjuvante de Mbappé, sem ajudar seu clube na conquista da sonhada Champions, o resultado é chocante.
De acordo com o mais respeitado site de transferência do futebol mundial, o Transfermakt, o principal jogador brasileiro teve uma enorme desvalorização.
Dos 222 milhões de euros que o PSG pagou por ele em 2017, hoje seus direitos passaram a valer 75 milhões de euros, cerca de R$ 381 milhões.
Ou seja, grosso modo, ele vale o mesmo que na sua segunda temporada no Barcelona, há oito anos, em 2014. Quando ainda se adaptava ao time catalão, comandado, naquela altura, por Messi.
Na frieza dos avaliadores, tudo foi levado em consideração.
A idade: 30 anos e cinco meses. As ausências no PSG e na seleção. As suspensões. As contusões. E as duas lesões no mesmo osso que, mesmo cicatrizadas, não são esquecidas.
Mais uma vez a ausência entre os três melhores jogadores do mundo.
Enquanto Neymar faz piada do seu pé direito inchado, seus direitos são desvalorizados.
Essa é a situação do principal jogador de Tite.
Aquele em que o técnico deposita a esperança de ser fundamental na conquista da Copa do Mundo.
Torneio que o Brasil não vence há 20 anos…