Pesquisa aponta seleção brasileira como favorita a vencer a Copa do Mundo 2022

Sondagem da Reuters se baseia na opinião de analistas de mercado

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© Lucas Figueiredo/CBF/Direitos Reservados

O Brasil está cotado para conquistar a Copa do Mundo pela sexta vez no torneio que começa em 20 de novembro no Catar, de acordo com uma pesquisa da Reuters que previu os campeões pela última vez com sucesso em 2010.

A pesquisa global com 135 analistas de mercado que seguem o futebol em todo o mundo concordou com as casas de apostas que o Brasil triunfaria pela primeira vez desde 2002.

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Quase metade dos entrevistados esperava que o Brasil vencesse, enquanto 30% estavam divididos igualmente entre França e Argentina. Alemanha, Inglaterra e Bélgica pontuaram em um dígito alto.

O Brasil tem uma grande chance desta vez com a profundidade e variação em seu ataque, juntamente com a experiência de Casemiro (meio-campo) e Thiago Silva na zaga", disse Garima Kapoor, economista da Elara Capital em Mumbai.

O talento brasileiro foi destaque nos resultados da pesquisa, com nomes como Neymar e Vinicius Jr, que tiveram início de temporada brilhante no clube, juntamente com a dupla de goleiros Alisson e Ederson brilhando também.
“Atribuímos uma probabilidade de 17% ao Brasil vencer o torneio, o que se traduz em chances de 5-1”, escreveu Peter Dixon, chefe de risco país da EMEA da Fitch Solutions em Londres.

Dixon colocou a Alemanha em segundo lugar com 11% (8-1) e a França em terceiro com 8% (11-1).
Seus cálculos diferem das probabilidades das casas de apostas, que têm a Inglaterra como terceira favorita em comparação com os 4% de chance de Dixon, principalmente porque as probabilidades das casas de apostas são calculadas com base em quanto eles precisariam pagar, não nas probabilidades.

Previsores em anos anteriores também usaram modelos quant, enquanto outros usaram métodos mais simples, como adivinhação e superstição.

A EA Sports – criadora da franquia de jogos FIFA e que previu corretamente os vencedores das três Copas do Mundo anteriores ao simular todas as 64 partidas em seu jogo – disse que a Argentina levantaria o troféu.
A Argentina, invicta desde a derrota para o Brasil em julho de 2019, está se aproximando do recorde italiano de maior sequência invicta de qualquer time no futebol internacional.

Quase 50% das respostas vieram da Europa, seguida pela América do Norte e Ásia com cerca de 15% cada. As previsões sul-americanas representaram pouco mais de 10% e o restante foi da África, Austrália ou Nova Zelândia.
A vitória da Espanha no torneio de 2010 na África do Sul foi a última pesquisa da Reuters a prever corretamente o vencedor. Economistas não previram o quarto título da Itália em 2006 ou os dois últimos conquistados por Alemanha e França.

Se a França mantivesse o troféu, seria a primeira a fazê-lo desde o Brasil em 1962.
O fracasso contínuo da Inglaterra em trazer o troféu para casa pela primeira vez desde 1966 não desencorajou 5% dos analistas dizendo que o fariam este ano.

“Tendo falhado em aproveitar o impulso robusto que levou o país à final da Euro 2020, os fracassos
perenes da Inglaterra só podem esperar passar dos 16 últimos desta vez”, disse Isaac Matshego, economista do Nedbank em Joanesburgo.

A Dinamarca liderou a lista de azarões

Quase metade dos entrevistados estava dividido entre esperar que Lionel Messi ou Neymar, companheiro de equipe do PSG, ganhasse a Bola de Ouro – concedida ao melhor jogador. O maestro argentino venceu pela última vez há oito anos no Brasil.

Outro homem do PSG, Kylian Mbappe, foi escolhido como o mais provável de marcar mais gols para ganhar o prêmio Chuteira de Ouro.

O Catar gastou cerca de 220 bilhões de dólares para sediar o torneio – quase quinze vezes mais do que o segundo mais caro -, mas 41% dos entrevistados disseram que não teria impacto econômico a longo prazo.
Quase a mesma quantidade disse que seria líquido positivo, enquanto 21% disseram que seria negativo.

Fonte: Reuters.

Foto: Lucas Figueiredo.