Autoridades intimarão amigos do jogador do Corinthians para prestar esclarecimentos
A Polícia Civil de São Paulo está avançando nas investigações do caso de agressão ao jogador do Corinthians, Luan, ocorrido em um motel na madrugada de terça-feira. Os agentes já estiveram no local do incidente e agora irão intimar os amigos do atleta, que registraram ameaças em um boletim de ocorrência em Barueri, região metropolitana da capital. A polícia está interessada em obter mais informações sobre o ocorrido.
De acordo com o relato dos amigos de Luan, os agressores proferiram ameaças graves contra o jogador ao saírem do motel, gritando: “Safado, vagabundo. Se não sair do Corinthians, vamos te matar”. Esse depoimento levanta preocupações sérias sobre a segurança do atleta e a natureza das ameaças que ele está enfrentando.
O delegado responsável pelo caso, Daniel José Orsomarzo, da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva, revelou que os amigos do jogador alegaram ter sido ameaçados com uma arma de fogo para pressionar Luan a deixar o clube. Essas informações surgiram durante uma festa realizada pelo próprio jogador em um motel na Zona Oeste de São Paulo. No entanto, o número exato de participantes da festa ainda não foi divulgado.
Segundo o delegado, foram identificados sete agressores, todos eles portando uma arma de fogo. Essa informação, até então desconhecida pela polícia, pode levar a um agravamento do indiciamento, de lesão corporal para tentativa de homicídio. Em uma coletiva de imprensa, o delegado afirmou que o cenário mudou e que agora existe a possibilidade de um crime mais grave.
Até o momento, Luan não registrou queixa contra os torcedores agressores. Essa atitude levanta dúvidas sobre o interesse do jogador em prosseguir com as investigações ou se ele está, de alguma forma, amedrontado pelo ocorrido. As autoridades também buscarão entrar em contato com o atleta para que ele possa prestar depoimento e fornecer mais informações sobre o incidente.
A polícia também planeja interrogar os funcionários do motel, a fim de compreender como os agressores conseguiram acessar o quarto onde Luan e seus amigos estavam hospedados. Essa investigação busca entender se houve alguma falha de segurança no estabelecimento que permitiu a entrada dos agressores.
É importante ressaltar que Luan não tem jogado pelo Corinthians desde fevereiro do ano passado. Durante sua passagem pelo clube, ele disputou 80 jogos, marcou 11 gols e contribuiu com cinco assistências. Seu contrato com a equipe se encerra ao final desta temporada. Vale lembrar que o jogador foi emprestado ao Santos no ano passado, mas retornou ao Corinthians após uma passagem sem destaque.
Em nota oficial, o Corinthians informou que está acompanhando de perto as investigações e está oferecendo todo o suporte necessário ao jogador. O clube repudiou o ocorrido,condenando-o como mais um caso repugnante de violência em meio ao atual momento de intolerância que domina o futebol brasileiro. O clube está comprometido em colaborar com as autoridades para que a justiça seja feita e medidas adequadas sejam tomadas para garantir a segurança de seus jogadores.
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