Ministro da Justiça determina abertura de investigação da PF sobre organização criminosa que manipulava resultados esportivos através de apostas online
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar a existência de uma organização que manipulava resultados esportivos por meio de apostas online. A medida foi tomada por determinação do ministro da Justiça, Flávio Dino, após denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás, que indicou a existência de uma prática ilegal de cooptação de jogadores de futebol para combinar jogadas e faturar com palpites.
Operação Penalidade Máxima
A Operação Penalidade Máxima foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-GO. As investigações indicam que os apostadores cooptavam jogadores para combinar ações em campo e faturar com palpites em sites especializados. Em um dos casos, um dos investigados combinou com um atleta para que este cometesse uma falta e tomasse um cartão amarelo. Após a combinação, o apostador aplicava o dinheiro em um site de aposta com o palpite de que o jogador corrompido seria advertido com um cartão amarelo.
Remuneração para os atletas
Para os atletas que aceitavam participar da prática ilegal de combinação de lances nas partidas, havia uma remuneração que variava entre R$ 40 mil a R$ 100 mil. De acordo com informações apresentadas pelos investigadores, cerca de 100 atletas podem estar envolvidos. Destes, 16 já foram denunciados pelo poder público.
Nomes envolvidos
Os investigadores tiveram acesso a uma planilha que inclui os nomes dos seguintes nomes: Vitor Mendes; Nino Paraíba; Paulo Miranda; Realpe; Jesus Trindade; Max Alves, ex-Flamengo; Eduardo Bauermann, ex-América-MG e hoje no Santos; Richard, do Cruzeiro. Além destes atletas, há a suspeita de manipulação nas partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 e de competições estaduais deste ano.
Apostas em sites especializados
As apostas foram alocadas nos sites Bet365 e Betano, com ações combinadas em São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, entre outros. De acordo com o MP de Goiás, as manipulações teriam acontecido em competições de futebol que recentemente tiveram “repercussão interestadual e até internacional”. Por isso, a decisão do ministro da Justiça é de extrema importância para coibir a prática criminosa e garantir a lisura das competições esportivas.
Investigação em curso
Com a abertura do inquérito pela PF, as investigações continuarão para apurar a existência da organização criminosa que manipulava resultados esportivos. A prática é considerada crime e pode levar a punições severas para os envolvidos. A Polícia Federal utilizará todos os meios necessários para descobrir os responsáveis pela manipulação das partidas e garantir a integridade das competições esportivas.
Conclusão
A manipulação de resultados esportivos é um crime que afeta não só o esporte, mas também a sociedade como um todo, comprometendo a confiança dos fãs e prejudicando a transparência e a ética das competições. A abertura do inquérito pela Polícia Federal é um passo importante para garantir a integridade das competições esportivas e combater a prática ilegal de combinação de resultados. A investigação deve ser conduzida com rigor e transparência, para que os responsáveis sejam identificados e punidos de acordo com a lei.