Número dois do ranking mundial, Rayssa Leal confirmou o favoritismo e conquistou o bicampeonato nacional de street, um dos estilos olímpicos do skate. No domingo (13), a Fadinha, como a skatista de 12 anos é conhecida, venceu a disputa feminina do STU Qualiyfing Series, circuito nacional da modalidade, realizado em etapa única, em São Paulo. No masculino, a vitória foi de João Lucas Alves, o Xuxu, que também venceu o circuito pela segunda vez consecutiva.
Entre as oito finalistas no feminino, sete estão entre as 30 melhores do mundo no street. Com 21.36 pontos, Rayssa levou a melhor sobre as companheiras de seleção brasileira Gabriela Mazetto (20.62 pontos) e Isabelly Ávila (19.06).
“Eu estou muito feliz em ter participado e ganhado esta etapa. Agradeço muito aos meus pais que sempre me apoiaram e que sem eles não poderia estar aqui”, comentou a skatista maranhense ao site oficial da Confederação Brasileira de Skate (CBSk).
Dono das melhores notas nas fases eliminatória e semifinal do masculino, João Lucas reafirmou o favoritismo na final. O gaúcho de 19 anos fez 29.05 pontos, superando Gabryel Aguilar (27.58) e Eduardo Neves (24.02), que completaram o pódio em São Paulo.
“A sensação que eu tenho é de puro skateboard. Andei muito hoje [domingo], valeu muito a pena e eu tenho que agradecer muito à minha família e a todos que me apoiam”, disse Xuxu, também ao site da CBSk.
O torneio marcou a volta das competições nacionais de skate desde o início da pandemia do novo coronavírus (covid-19). As disputas ocorreram sem presença de público e seguindo um protocolo de recomendações sanitárias, com restrição de circulação de pessoas, testagem, uso de máscara obrigatório e sanitização do ambiente.
O street é um estilo de skate praticado com obstáculos de rua, como escadarias ou corrimões. O Brasil tem seis atletas entre os dez melhores do mundo no estilo. No masculino, Kelvin Hoefler é o quinto. No feminino, metade do top 10 é brasileiro: Pâmela Rosa lidera, seguida por Rayssa Leal, Letícia Bufoni (4ª), Gabriela Mazetto (8ª) e Virgína Fortes Águas (10ª).
O circuito brasileiro de park – outro estilo que estará na Olimpíada – teve apenas uma etapa, em janeiro. No park, a pista tem formato similar a de uma piscina, com paredes e elementos de rua. Os Jogos de Tóquio (Japão), no ano que vem, marcarão a estreia da modalidade no evento.