Ceni é o substituto de Dome. Ele se despediu ontem no final da noite do jogadores do Fortaleza. Candidatos à presidência o queriam no São Paulo
A diretoria do Flamengo não titubeou.
Desta vez não se deixou levar pela grife internacional.
Não.
Reconheceu o ótimo trabalho, a modernidade, a visão de jogo, a postura.
E a importância no cenário do futebol brasileiro.
Assim que mandou embora Domènec Torrent, no final da tarde de ontem, acertou a contratação de Rogério Ceni.
Ele, que havia prometido terminar o Brasileiro no Fortaleza, não resistiu à proposta.
A tentação de comandar o atual campeão da Libertadores, do Brasil, do Rio de Janeiro foi maior.
A ponto de virar as costas não só ao incrível projeto de construção do time cearense, como também ao São Paulo Futebol Clube.
Rogério Ceni era o escolhido por Julio Casares e também por Roberto Natel, candidatos à presidência do clube que o tem como maior ídolo na história.
Mas, se o São Paulo, sob o comando do inseguro Leco o mandou embora, em 2017, chegou a vez do troco.
De optar pelo clube mais popular do país.
O ‘sim’ de Rogério Ceni foi dado por volta das 18 horas.
Mas ele confirmou à diretoria rubro-negra que só iria se o Fortaleza aceitasse sua saída.
E na noite de ontem, ele conversou por mais de uma hora com o presidente do clube nordestino, Marcelo Paz.
O dirigente que o havia liberado, no ano passado, para a desventura de treinar o Cruzeiro, com seu grupo de jogadores mimados, que derrubou Ceni e afundou na Segunda Divisão, não teve como negar ao técnico a chance de trabalhar na Gávea.
E às 23 horas, houve uma reunião com os jogadores e o próprio Ceni, ao lado de Paz, se despediu do Fortaleza.
Às 23h30, o clube se despediu do treinador, nas redes sociais.
“Rogério Ceni não é mais treinador do Fortaleza. Agradecemos o trabalho realizado e desejamos sucesso em seu próximo desafio. Os auxiliares, Charles Hembert e Nelson Simões, e o preparador físico, Danilo Augusto, também deixam o Tricolor”, publicou o twitter oficial do clube.
Rogério Ceni embarcará na manhã de hoje para o Rio de Janeiro.
Ele quer comandar o time já amanhã, contra o São Paulo, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil.
Contra o São Paulo, clube que o eliminou, quando comandava o Fortaleza, por pênaltis, nas oitavas.
Rogério Ceni fez questão de acertar a ida ao Rio de Janeiro do seu preparador físico Danilo Augusto, os auxiliares Charles Hembert e Nelson Simões.
A diretoria do Flamengo estava dividida, pensando em Eduardo Coudet e também no espanhol Miguel Ángel Ramírez. Até pendia por Coudet. Só que ele já havia decidido largar o Internacional e comandar o Celta, na Espanha.
E Ramírez segue firme com a intenção de terminar a temporada no Independiente del Valle.
No Fortaleza, Rogério Ceni foi bicampeão cearense, campeão da Série B e da Copa do Nordeste.
Aos 47 anos, e quatro anos como técnico, ele chega no Flamengo muito mais preparado que no Cruzeiro, no ano passado, quando foi sabotado.
E, muito importante, desembarca na Gávea sem a sombra de Jorge Jesus e seu trabalho espetacular.
Tem como referência, o decepcionante, perdido Domenèc Torrent.
Ceni sabe muito bem como os jogadores do Flamengo gostam de atuar e como rendem.
A perspectiva é excelente.
A união de um treinador atrás de títulos cada vez mais importantes.
E de um grupo vencedor que estava humilhado, mal tratado por um treinador sem a menor familiaridade, que mal sabia a importância do Flamengo.
O anúncio oficial deverá acontecer nesta manhã.
Rogério Ceni já treinar o time.
E na quarta-feira, estar no banco de reservas, do Maracanã.
Comandando o clube mais popular deste país…