Torcedores do Peñarol causam confusão generalizada no Rio; 280 pessoas foram detidas e 21 permanecem presos

Torcedores do Peñarol são detidos após confusão na orla do Recreio
Reprodução/Record Rio

A confusão gerada por torcedores do Peñarol, no Rio de Janeiro, se transformou em uma cena de violência e vandalismo que deixou marcas na comunidade local. Durante um evento em que o time uruguaio estava envolvido, a situação rapidamente se deteriorou, resultando na detenção de mais de 280 pessoas e na permanência de 21 sob custódia.

Baderna na Praia do Recreio

A confusão começou na Praia do Recreio, na Zona Oeste do Rio, onde um grupo de homens, majoritariamente vestidos com as camisas amarela e preta do Peñarol, iniciou uma série de distúrbios. “Eles estavam com uma porção de garrafa de cerveja, começaram a pegar cerveja, aí vieram os camelôs, começou o tumulto generalizado”, relata um dos presentes. A cena lamentável foi marcada por tumultos, que culminaram em atos de vandalismo.

Victor Santos, secretário estadual de Segurança do Rio, não hesitou em classificar a situação como um ato criminoso. “Não vou nem dizer torcedores, mas criminosos com camisas do Peñarol. Tiveram um pequeno problema que foi um deles que furtou um celular. A crise começou a escalar”, disse ele, enfatizando a gravidade da situação.

O Globocop, helicóptero de monitoramento, flagrou os vândalos em ação, mostrando a extensão do tumulto. “Quem vai arcar com meu prejuízo agora? Quem? São todos bandidos”, desabafa Edilson Gonçalves de Souza, dono de um quiosque na orla, demonstrando a indignação dos comerciantes locais.

Vandalismo e destruição

Os atos de vandalismo não pararam por aí. Dois motocicletas foram incendiadas, e um carro de uma escola de surf local teve todos os vidros quebrados. “Eu estou desempregado há pouco mais de quatro meses, e vivo da renda da minha moto, minha moto é meu ganha-pão, é a minha empresa”, lamentou um dos donos das motos incendiadas.

Além disso, os vândalos atacaram um ônibus de turismo que estava estacionado. No tumulto, o veículo foi saqueado e posteriormente incendiado, levando a polícia a chamar reforços para conter a situação. “A pancadaria durou quase uma hora e meia até que os policiais conseguissem controlar a multidão”, informou uma fonte policial.

Falha no planejamento de segurança

A resposta inicial da Polícia Militar, especialmente do Batalhão Especializado em Policiamento de Estádios, revelou falhas significativas no planejamento da segurança para o evento. O secretário de Segurança Pública admitiu que a situação foi subestimada. “Acho que subestimamos aquele efetivo que estava ali de policial, achando que ele poderia agir e conter, pelo menos no que diz respeito a esses três ônibus que estavam parados na orla”, explicou Victor Santos.

As lições aprendidas com essa situação trágica são essenciais para evitar futuros incidentes semelhantes. “Fazer com que isso não aconteça novamente”, ressaltou o secretário, reforçando a necessidade de um planejamento mais rigoroso e a alocação adequada de recursos policiais.

Consequências para os envolvidos

O governador do Rio, Cláudio Castro, afirmou que os detidos não terão permissão para assistir ao jogo e terão que deixar o estado. Contudo, a polícia confirmou que pelo menos 20 indivíduos permanecerão presos, indicando que a justiça será severa com os envolvidos. As autoridades estão comprometidas em tomar medidas rigorosas contra a violência associada a eventos esportivos.

A confusão causada por torcedores do Peñarol expõe a fragilidade do sistema de segurança pública em grandes eventos e destaca a necessidade urgente de reformulações nas estratégias de controle de multidões, principalmente quando se trata de torcedores.

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