Brasileiro, que desafia nigeriano campeão dos médios neste sábado em NY, ressalta homenagem a tribo indígena: “Isso é muito importante pra mim. Fico muito feliz, é uma energia muito boa”
Foi o último encontro antes da luta, e Alex Poatan e Israel Adesanya elevaram ainda mais o clima de expectativa para o confronto deste sábado em Nova York, na luta pelo cinturão dos médios (até 83,9kg) no UFC 281. Na pesagem cerimonial realizada no Radio City Music Hall, o brasileiro subiu na balança com o rosto pintado como um índio pataxó, um cocar na cabeça e um colar com um dente de onça e ossos da coluna vertebral de um tubarão branco.
– Representando a cultura indígena, representando os povos indígenas. Mas sou mais próximo agora dos pataxós. Isso é muito importante pra mim. Fico muito feliz, é uma energia muito boa. Algumas vezes já fui na tribo pataxó e eles me recebem super bem. É uma energia que tem que ser renovada – disse Poatan ao Combate logo após a encarada.
O campeão Israel Adesanya, que faz neste sábado sua sexta defesa consecutiva do título dos médios no UFC, não fugiu do olho no olho com o brasileiro. Após duas derrotas para Poatan no kickboxing, o nigeriano só quer que chegue logo a luta para escrever um novo capítulo dessa rivalidade.
– Quem quer ouvir “e o novo…” amanhã? E quem quer ouvir “e ainda…”? Não quero mais falar nada, a gente vai ver amanhã – disparou Adesanya em cima do palco após a encarada, entre mais aplausos do que vaias.
Na mesma entrevista que deu ao Combate na saída do palco após a pesagem, Poatan destacou que a chance não chegou rápida para ele no UFC. Há todo um caminho no mundo das lutas e em particular com Adesanya para trazê-lo até aqui.
– Todo mundo sabe (que ele) é um campeão, fez um excelente trabalho, mas eu venho também fazendo ume excelente trabalho. Estou bem, estou preparado para estar fazendo isso, estar lutando, fazendo o que eu gosto (…). Algumas pessoas falam: “ah, são três lutas”, mas para mim nao são só três lutas. É óbvio que a gente tem uma história junto com o campeão, duas vitórias, uma por nocaute, com certeza isso me ajudou. Mas o que venho fazendo dentro da organização é o principal. Se perco alguma dessas três utas, não estaria aqui hoje.
Na outra luta que vale título no UFC 281, pelo peso-palha (até 52,2kg), Carla Esparza e Weili Zhang fizeram uma encarada tranquila. A chinesa desafiante ao cinturão foi mais ovacionada que a americana campeã. Depois de Zhang agradecer o carinho do público novaiorquino em chinês, Esparza, sob vaias, ressaltou a importância dessa primeira defesa de título.
– Significa muito para mim (essa luta). Lutei oito anos para voltar e ouvir que eu era campeã novamente. Estou muito feliz e mal posso esperar para dar um show no sábado.
Os dois outros brasileiros no card fizeram encaradas sem incidentes, mas com tensão no ar e sem apertos de mãos ou abraços. Em duelo dos leves, Renato Moicano não queria desfazer a encarada e Dana White precisou entrar no meio para encerrar a encarada com Brad Riddell. Wellington Turman e Andre Petroski, que lutam nos médios, também evitaram risos e cumprimentos na encarada.
Fonte: COMBATE