Exército nomeia novo diretor para Arsenal de Guerra de São Paulo

O tenente-coronel Mário Victor Vargas Junior é o novo diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri, na Grande São Paulo. A nomeação foi publicada nesta sexta-feira (20) no Diário Oficial da União.

A exoneração do responsável anterior, tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, foi anunciada em coletiva de imprensa, nessa quinta-feira (19), pelo general de Brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado Maior do Comando Militar do Sudeste. Batista não será expulso da Força. A decisão foi tomada após o sumiço de 21 armas do arsenal.

“Todos os processos do Arsenal estão sendo revisados para verificar onde ocorreu o erro. E, como nós falamos, esses militares que falharam nessa conferência serão responsabilizados”, disse Gama na entrevista. Ele confirmou que pode haver militares envolvidos no furto dos armamentos e que “dezenas” deles receberam o formulário de apuração disciplinar e estão em prazo para apresentar suas defesas.

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Armas recuperadas

Nessa quinta-feira (19), a Polícia Civil do Rio de Janeiro recuperou oito das 21 metralhadoras furtadas do Exército. Elas foram encontradas dentro de um carro roubado, no bairro Gardênia Azul, situado na zona oeste da capital fluminense.

Foram apreendidas quatro das 13 metralhadoras calibre 50 que haviam desaparecido. São armas capazes de derrubar aeronaves. A Polícia Civil do Rio recuperou também quatro das oito metralhadoras MAG 7.62 que foram furtadas.

Segundo a polícia, as metralhadoras foram adquiridas pela cúpula de uma facção criminosa, que está promovendo uma disputa territorial na zona oeste do Rio. As informações de inteligência detectaram ontem que o armamento estava sendo deslocado da Rocinha para a Gardênia.

Investigações

A ausência do armamento foi notada no dia 10 de outubro durante uma inspeção. A notícia fez com que o Comando Militar do Sudeste determinasse o aquartelamento dos militares da unidade e uma investigação foi aberta para apurar os fatos. Há, no momento, cerca de 160 militares aquartelados – impedidos de sair do local – no Arsenal de Guerra.

A integridade do local onde estavam as armas foi conferida em 6 de setembro e somente no dia 10 de outubro o furto foi descoberto. De acordo com Gama, os militares envolvidos serão expulsos da Força, no caso dos temporários, e os de carreira serão encaminhados a um conselho de sanções. Os responsáveis responderão ainda na esfera criminal da Justiça Militar.