F1: Hamilton vence em Imola e Mercedes é campeã de construtores

Lewis Hamilton venceu o Grande Prêmio da Emília-Romanha e garantiu sua 93ª vitória na Fórmula 1. Valtteri Bottas, companheiro de equipe de Hamilton, terminou na segunda posição em nova dobradinha da Mercedes. Max Verstappen abandonou e o sétimo título mundial consecutivo da equipe alemã veio antes do esperado.

Lewis Hamilton conquistou sua 93ª na F-1 — Foto: MIGUEL MEDINA / POOL / AFP

Daniel Ricciardo terminou em terceiro no segundo pódio em três corridas para a Renault, à frente de Daniil Kvyat, da AlphaTauri. Charles Leclerc, da Ferrari, foi o quinto colocado.

Sergio Perez chegou a ocupar a terceira posição da corrida, mas optou por uma parada extra nos estágios finais da corrida e teve que se contentar com a sexta posição.

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A dupla da McLaren terminou novamente na zona de pontuação, apesar de não participar da disputa direta pelas primeiras posições do pelotão intermediário. Carlos Sainz foi o sétimo e Lando Norris o oitavo.

Kimi Raikkonen, da Alfa Romeo, fez um primeiro stint impressionante de 48 voltas e mereceu a nona posição da corrida como um dos destaques em Imola. Foi um bom dia para a equipe, já que Antonio Giovinazzi pontuou novamente – a terceira vez na temporada – na 10ª posição.

Hamilton engolido na largada

Na largada, Hamilton foi engolido por Verstappen. O britânico ainda conseguiu se defender, senão teria perdido posição para Ricciardo e Gasly. Os dois travaram disputa pela quarta posição, com o piloto da Renault ganhando o quarto lugar.

Gasly largou muito bem, mas ficou por fora de Hamilton. Na defesa, o britânico deu uma fechada em Gasly que acabou tendo que tirar o pé e perdeu duas posições, mas recuperou uma delas para ocupar a P5.

Bottas liderava, seguido por Verstappen e Hamilton. Ricciardo era o quarto e Gasly o quinto.

Magnussen foi tocado por Vettel e rodou no hairpin. Com o toque, o dinamarquês caiu para penúltima posição, à frente apenas de Stroll que teve sua asa dianteira danificada e precisou parar nos boxes para trocar a peça no fim da primeira volta.

Triste fim para o fim de semana de Gasly

Na volta 8, Galsy foi chamado para os boxes e abandonou a corrida. Antes da largada, a AlphaTauri trabalhava incansavelmente no carro do francês. Mas o problema no motor Honda não foi resolvido. Era uma corrida promissora de Gasly.

Algumas voltas depois, Leclerc foi para os boxes para trocar de pneus. Norris e Ocon também optaram pela mesma estratégia, assim como Ricciardo.

Norris voltou com pneus macios, assim como Giovinazzi, mas não foi o mesmo com o restante dos pilotos. Todos optaram pelos pneus duros.

Verstappen foi para os boxes no giro 18 e obrigou a Mercedes reagir para não perder a liderança da corrida com Bottas. O holandês optou pelos pneus duros.

“Sortudo” Hamilton voltar a liderança

Bottas fez sua parada uma volta depois e com isso Hamilton assumiu a liderança da corrida.

Hamilton, Bottas e Verstappen eram os três primeiros com 22 das 66 voltas completadas. Hamilton fazia volta mais rápida atrás de volta mais rápido e pediu para a equipe pelo rádio: “Não me parem agora”, disse o britânico.

Na volta 25, a Mercedes estava preparada para receber Hamilton nos boxes, mas o britânico não queria parar e continuava abrindo lá na frente. A vantagem de Hamilton para boxes era de 26,1s. Nesse momento, a Mercedes resolveu alterar a estratégia do hexacampeão. “Você consegue dar mais 10 voltas com esses pneus?”, perguntou o engenheiro de corrida de Hamilton. “Eu posso continuar”, respondeu o hexacampeão mundial.

Ocon parou sua Renault R.S.20 com problemas no motor e abandonou a corrida. O Virtual Safety Car foi ativado e Hamilton manteve a vantagem de mais de 28 segundos para Bottas. O britânico então foi para sua parada obrigatória, retornando com os pneus duros quatro segundos à frente de seu companheiro de equipe.

Um, dois, três erros de Bottas

Verstappen colou no Bottas na volta 38 e começou atacar o finlandês pela segunda posição. Bottas era avisado pela Mercedes que ele tinha problemas no assoalho e isso causava uma perda aerodinâmica considerável no seu W11. Lá na frente, Hamilton tranquilamente liderava nove segundos à frente da briga pela P2.

Na volta 43, Bottas errou e Verstappen não perdoou. Foi o terceiro erro do finlandês e dessa vez o piloto da Red Bull assumiu a segunda posição. Duas voltas depois, a vantagem já era de mais de três segundos e Bottas não tinha a possibilidade de usar o DRS para dar o troco. E aqui vale a velha máxima: Verstappen “passou e abriu”.

E a Ferrari hein…

Alguns giros antes, na volta 40, Vettel finalmente fez sua parada. O alemão ocupava a quarta posição, mas a Ferrari teve problemas no pitstop. A parada de 13 segundos de Vettel jogou novamente o tetracampeão para a P14, posição de largada de Vettel, depois de um primeiro stint excelente do futuro piloto da Aston Martin em 2021.

Raikkonen finalmente fez sua parada na volta 49. Em sua 325ª largada na F1, o piloto da Alfa Romeo – que foi confirmado na Alfa para 2021 – ocupou o quarto lugar por um bom tempo da corrida. Ele retornou na 12ª posição, à frente de Vettel.

Com todos os pilotos parando, Perez ocupava a quarta posição. Ricciardo era o quinto oito segundos atrás e não era uma ameaça para o mexicano.

Furo no pneu de Verstappen, título da Mercedes e reviravolta na corrida

Verstappen teve seu pneu traseiro direito furado na freada da Tamburello, rodou e parou na brita. O Safety Car foi chamado para retirar o RB16 do holandês que abandonou a corrida. Com isso, a Mercedes garantiu o título entre os construtores com quatro etapas de antecedência.

Muitos pilotos foram para os boxes para calçar pneus novos. Foi o caso de Hamilton, Bottas e Perez. Ricciardo, Leclerc, Albon e Norris – do quinto colocado ao oitavo antes do acidente de Verstappen – não pararam e ficaram à frente do mexicano.

Durante o Safety Car um acidente bizarro com George Russell. O alemão estava imediatamente atrás do Safety Car quando deu o pé e não achou tração, rodando e indo direto para o muro. Russell assumiu o erro pelo incidente e sentou desconsolado na beira da pista – antes do fiscal chamar a atenção de Russell sobre o local perigoso.

Relargada dramática

A relargada veio faltando seis voltas para o fim da corrida. Hamilton manteve a ponta, seguido por Bottas e Ricciardo.

Perez, com pneus novos, foi para cima de Albon para assumir a sexta posição. Logo depois, o tailandês da Red Bull rodou e caiu para a última posição. Perez já pressionava Leclerc pela P5. Daniil Kvyat era o quarto colocado, também com pneus novos, e também tentava ultrapassar Ricciardo na disputa pela última posição no pódio.

Kvyat fez uma relargada excelente e passou Leclerc pela quarta posição. Foi uma boa manobra do russo, que ainda não tem contrato para a temporada 2021 da F1.

A última volta foi marcada pela disputa entre Kvyat e Ricciardo. Menos de um segundo separa os pilotos, valendo pódio em Imola.

Confira o resultado do Grande Prêmio da Emília-Romanha de F1:

1) Lewis Hamilton (Mercedes)
2) Valtteri Bottas (Mercedes)
3) Daniel Ricciardo (Renault)
4) Daniil Kvyat (AlphaTauri/Honda)
5) Charles Leclerc (Ferrari)
6) Sergio Pérez (Racing Point/Mercedes)
7) Carlos Sainz Jr. (McLaren/Renault)
8) Lando Norris (McLaren/Renault)
9) Kimi Räikkönen (Alfa Romeo/Ferrari)
10) A.Giovinazzi (Alfa Romeo/Ferrari)
11) Nicholas Latifi (Williams/Mercedes)
12) Sebastian Vettel (Ferrari)
13) Lance Stroll (Racing Point/Mercedes)
14) Romain Grosjean (Haas/Ferrari)
15) Alexander Albon (Red Bull/Honda)
OUT) George Russell (Williams/Mercedes)
OUT) Max Verstappen (Red Bull/Honda)
OUT) Kevin Magnussen (Haas/Ferrari)
OUT) Esteban Ocon (Renault)
OUT) Pierre Gasly (AlphaTauri/Honda)

Fonte: Formula 1 Mania