Cantora morreu nesta quinta-feira (20), aos 91 anos. Artista foi uma das primeiras mulheres intérpretes de sambas no Sambódromo da Sapucaí.
Uma bela homenagem em vida. O último carnaval do Rio de Janeiro antes da pandemia teve Elza Soares, que morreu nesta quinta-feira (20) aos 91 anos, como enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel.
Então com 89 anos, uma das primeiras intérpretes da Sapucaí desfilou como destaque do último carro. A escola contou na avenida:
- As presenças de Elza no carnaval carioca, em desfiles do Salgueiro, em 1969, e da própria Mocidade, de 1973 a 1976, foram lembradas;
- A comissão de frente contou com sete integrantes imitando Elza e um efeito com vinis que formavam um cabelo gigante em uma delas;
- Ela também destacou a infância pobre da cantora, nos tempos em que ela subia o morro com latas de água na cabeça.
Nesta quinta, após a morte de Elza, a Mocidade mudou a foto do perfil para uma imagem da cantora, e fez posts em homenagem.
“És a ESTRELA! Seu povo esperou tanto pra revê-la! E reviu! Reviu o seu amor Independente passar na Avenida da forma mais linda possível! Você foi uma das maiores deste país. Só podemos agradecer por tudo. Consternados! Essa é a nossa despedida! Obrigado, Deusa. NÓS NÃO VAMOS SUCUMBIR NUNCA! ✊????????⭐️????
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O carro abre-alas trouxe para a avenida o primeiro palco onde ela cantou, em um show de Ary Barroso. Os primeiras passos como cronner foram lembrados na ala “Nos bailes da vida”.
Outras alas representaram profissões bem além da música, como o emprego em uma fábrica de sabão e a carreira como enfermeira ou professora que os pais queriam que ela seguisse.
O romance com Garrincha e a apresentação para a seleção brasileira antes da Copa de 1962, na concentração no Chile, foram lembrados na ala “Madrinha da Copa”. O jogador morreu no mesmo dia 20 de janeiro, em 1983, também dia do padroeiro do Rio, São Sebastião.
A escola verde e branca passou pela Sapucaí com 28 alas, cinco carros e 3 mil componentes, incluindo a neta da cantora, Virna Soares.
A Mocidade Independente de Padre Miguel também mostrou as partes mais difíceis da vida de Elza, como quando ela cantou em circos pouco glamourosos ou quando apanhou de ex-companheiros.
Para simbolizar esses momentos tristes, os ex da cantora foram comparados a homens da caverna na ala “Machismo: Os selvagens do circo”.
A partir da ala “Fênix: a reinvenção da deusa”, o desfile exaltou a volta por cima. Elza Soares foi retratada como porta-voz das mulheres e da comunidade LGBT.
veja aqui o desfile da Mocidade que homenageou a cantora Elza Soares
Fonte: G1