Shirley Manson e sua banda apresentam um espetáculo vibrante repleto de hits e mensagens politizadas.
No dia em que a energia do rock dominou o The Town, Garbage, liderada pela carismática Shirley Manson, surgiu para oferecer uma perspectiva única do gênero e aquecer a multidão para a aguardada apresentação do Foo Fighters, que encerraria a noite deste sábado (9).
Uma Banda com História e Relevância
Composta por Shirley Manson, o baterista Butch Vig (produtor icônico do álbum “Nevermind” do Nirvana) e os talentosos guitarristas Steve Marker e Duke Erikson, o Garbage conquistou a fama com sua abordagem distinta do rock alternativo durante a década de 1990, uma época dominada pelo movimento grunge.
De Volta e Mais Vivos do Que Nunca
Retornando ao Brasil após sete anos de sua última passagem, o quarteto demonstrou estar mais vivo e alerta do que nunca. Em 2021, lançaram o álbum inédito e politizado “No Gods No Masters”, no qual criticam os detentores do poder e do dinheiro, abordando temas como sexismo e racismo que Shirley Manson enfrentou ao longo dos anos. Não muito tempo depois, em 2022, lançaram uma antologia abrangente.
Um Começo Enérgico e Engajado
O show começou com toda a força com “Supervixen” e “#1 Crush”, duas faixas do álbum de estreia “Garbage” de 1994. Shirley Manson não pôde evitar um palavrão e um caloroso “obrigada” ao ver o público cantando junto.
Crítica Social Embalada em Música
A música “The Men Who Rule the World” do último álbum trouxe uma mensagem de crítica, com destaque para o “money, money, money”. Sendo uma das novas músicas, o coro da plateia foi substituído pelo aplauso com os braços erguidos.
Uma Banda que Sobrevive e Inspira
A apresentação adquiriu uma aura mais leve durante “Run Baby Run”. Shirley Manson soltou outro palavrão para agradecer a presença do público e lembrou que, assim como o Foo Fighters, o Garbage é uma banda dos anos 90. “Somos sobreviventes”, afirmou. Esse discurso abriu caminho para a performance de “Wolves”, também do trabalho mais recente.
O Carisma de Shirley Manson
Shirley Manson, um ícone feminino dos anos 1990, continuou hipnotizando a plateia com sua voz poderosa. Elegante e eloquente, ela entregou uma atuação imponente, servindo como uma mentora para a nova geração de mulheres que ousam se aventurar no mundo do rock.
Homenagem aos Clássicos e à Nostalgia
Antes de tocar “I Think I’m Paranoid” e “Stupid Girl”, duas faixas que fizeram o público pular e cantar junto, Shirley Manson fez uma homenagem aos clássicos e à nostalgia. “Vocês se lembram de 1984, quando a MTV ainda exibia clipes?”, indagou, relembrando os velhos tempos.
Novas Faixas e Um Toque de Ironia
A temperatura e o volume subiram novamente com “Only Happens When It Rains”, que contou com uma introdução de teclado, e “Push It”, encerrando a apresentação. A banda também incluiu faixas do novo álbum, como “No Gods No Masters” e “Godhead”, com Shirley fazendo um comentário curioso sobre esta última.
Um Aquecimento Eficiente
Embora a apresentação pudesse ter se estendido para incluir outras músicas memoráveis da trajetória da banda, como a divertida “Cherry Lips” e a provocante “Queer”, é seguro dizer que a plateia foi devidamente aquecida para o aguardado show principal da noite com o Foo Fighters.
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