Diretor do filme sobre embarcação visitou destroços 33 vezes. Guarda Costeira dos EUA confirmou nesta quinta-feira (22) que submarino implodiu e cinco tripulantes morreram.
Comparação com o desastre do Titanic
O renomado cineasta canadense, James Cameron, diretor do icônico filme “Titanic” (1997), fez uma comparação surpreendente entre o submarino que implodiu em uma tentativa de alcançar os destroços do navio no fundo do oceano e o próprio desastre que ocorreu há mais de um século.
Submarino implodido e tripulantes mortos
A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (22) que o submarino, que estava desaparecido desde domingo (18) com cinco tripulantes a bordo, de fato, implodiu e que todas as pessoas a bordo são consideradas mortas.
Experiência como explorador e cineasta
Além de sua notável direção no filme sobre o desastre de 1912, James Cameron também é um experiente explorador das profundezas do oceano e já visitou os destroços do Titanic impressionantes 33 vezes.
Semelhança com o desastre do Titanic
Em uma entrevista ao canal americano ABC News, o diretor expressou seu choque com a semelhança entre o submarino e o desastre do Titanic. Ele comparou o capitão do Titanic, que foi alertado repetidamente sobre a presença de gelo à frente do navio, mas continuou em alta velocidade em meio a um campo de gelo, com a situação atual.
‘Titanic’ director James Cameron on the ‘catastrophic implosion’ of Titan submersible: “I’m struck by the similarity of the Titanic disaster itself, where the captain was repeatedly warned about ice ahead of his ship and yet he steamed at full speed into an ice field.” pic.twitter.com/vO8JkCXS5f
— ABC News (@ABC) June 22, 2023
Experiência em engenharia submarina
Como desenvolvedor de submersíveis e conhecedor dos desafios de engenharia envolvidos na construção desses veículos, Cameron afirmou: “Eu mesmo projetei e construí um submersível para ir ao ponto mais profundo do oceano, que é três vezes mais fundo que o Titanic.”
Exploração das profundezas do oceano
Em 2014, o cineasta realizou uma expedição à Fossa das Marianas, o local mais profundo do oceano, com quase 11 mil metros de profundidade. Essa experiência foi registrada em seu documentário “Fantasmas do abismo” (2003), onde ele convidou seu amigo e colega de elenco de “Titanic”, Bill Paxton, para narrar as viagens e capturar as imagens mais detalhadas dos destroços já registradas.
Preocupações da comunidade e certificação
Durante a entrevista, Cameron revelou que muitas pessoas na comunidade estavam preocupadas com a segurança do submarino. Ele mencionou que cartas foram escritas à empresa alertando sobre a natureza experimental do projeto e a necessidade de certificação adequada.
Perda de um amigo
Cameron compartilhou uma conexão pessoal com o desastre do submarino, revelando que era próximo de um dos passageiros do Titanic. Ele mencionou: “Paul-Henry Nargeolet, o lendário piloto francês, é um amigo meu. É uma comunidade muito pequena. Eu o conheço há 25 anos. É quase impossível processar a forma trágica como ele morreu.”
Ao comparar o trágico acidente do submarino com o desastre histórico do Titanic, James Cameron destaca a importância da segurança em explorações subaquáticas e ressalta a gravidade do ocorrido, reforçando a necessidade de cautela e certificações adequadas para evitar futuras tragédias.