O cearense foi escolhido junto com outros homens como Nicolas Prattes, Baco Exu do Blues, Jão e Dapper Dan para apresentar outras formas de masculinidade.
O ator Jesuíta Barbosa (31), no ar como Jove na novela Pantanal, posou nu para a capa da revista “Elle men” lançada no último dia 28 de julho. O cearense foi escolhido junto com outros homens como Nicolas Prattes, Baco Exu do Blues, Jão e Dapper Dan para apresentar outras formas de masculinidade.
“Jove é essa figura delicada, tímida, mas tão corajoso quanto eu sou na vida”, disse Jesuíta à revista.
Já o editor da reportagem, Luigi Torre, diz que é importante mostrar uma pluralidade de tipos que fogem da heteronormatividade. “Possibilidades de entendimento de masculinidades e representações de homens para além dos moldes tradicionais aos quais somos condicionados. Para nós, era muito importante que essa edição não fosse feita dentro daquelas balizas heteronormativas das publicações masculinas dos anos 1990, 2000 e até algumas de hoje”.
Jesuíta Barbosa é declaradamente bissexual e reatou o namoro com Fábio Audi, conhecido por ser um dos protagonistas de “Hoje eu quero voltar sozinho”. Os dois iniciaram um romance em 2014, mas romperam em 2021.
Nu Frontal
Os que acompanham a carreira de Barbosa já sabem que ficar pelado nunca foi problema para o ator. A quem interessar possa, Jesuíta fez cenas de nu frontal [NSFW] em “Tatuagem” e em “Fim do Mundo” [NSFW].
Vale dizer que ele expôs sua homossexualidade em agosto de 2019, em entrevista para Vogue, Jesuíta disse que definir sua orientação sexual em um rótulo é algo “limitador”:
“Conscientemente ou não, Bowie representa algo de libertário para todos nós, ele ocupou um espaço de provocação inalcançável”, analisa Jesuíta, que divide com o cantor o interesse pela androginia e pela fluidez de gênero.
Ele já interpretou personagens sexualmente diversos no cinema e na TV: além da Shakira do Sertão, o ator deu vida a um militar que vive um romance homossexual no longa Tatuagem (2013) e participou do coletivo transformista As Travestidas, no início da carreira, em Fortaleza.
“Experimentar o feminino como transgressão me ajudou a crescer como ser humano. Mas nunca falaria de sexualidade abertamente se não fosse como provocação ou para abrir possibilidades. Nossa tentativa de discutir essas questões está num lugar muito retrógrado ainda. Acho, por exemplo, a ideia de me colocar como v14d0 ou hétero limitadora, são como duas caixas pré-definidas”, disse. “Mas se for para me colocar em função da comunidade, pode escrever aí, por favor: sou v14d0”, continuou.
Fonte: Scruff Gay Blog