Morre MC Marcinho, aos 45 anos: Um Adeus ao Príncipe do Funk e Pioneiro do Estilo no Rio de Janeiro

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No sábado (27), o mundo da música perdeu uma de suas lendas, MC Marcinho, aos 45 anos de idade. O icônico funkeiro, conhecido como o Príncipe do Funk, foi vítima de problemas cardíacos que o mantiveram hospitalizado desde o dia 27 de junho. Com uma carreira repleta de hits que marcaram gerações, ele deixou um legado imensurável.

O MC Marcinho — Foto: Divulgação

Uma Carreira de Sucessos e Contribuições Musicais Únicas

MC Marcinho, cujo nome real é Márcio André Nepomuceno, nasceu em 1977 em Duque de Caxias. Criado em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, ele trilhou um caminho revolucionário na cena do funk carioca. Famoso por hits como “Rap do Solitário”, “Princesa”, “Glamurosa” e “Garota nota 100”, ele conquistou o público com suas músicas de estilo melody e romântico.

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O pioneirismo de Marcinho no cenário funk é indiscutível. Desde a adolescência, ele já demonstrava sua paixão pelo gênero ao compor seu primeiro rap, o aclamado “Rap do solitário”, que o levou à vitória em um festival de galeras. Na década de 1990, ele formou uma dupla com a MC Cacau e lançou o CD “Porque te amo” (1997), marcando sua entrada triunfante na cena musical.

MC Marcinho, Tati Quebra-Barraco e Dennis DJ no estúdio da BEAT98 — Foto: Divulgação/SGR

Legado e Reconhecimento na Indústria Musical

Seu talento e influência na música não passaram despercebidos. Em 1998, ele lançou seu primeiro álbum solo, “Sempre Solitário”, que incluiu a faixa marcante “Garota nota 100”. Nos anos seguintes, suas músicas continuaram a conquistar fãs, e ele se tornou um nome incontestável no cenário musical carioca.

O sucesso de MC Marcinho não conhecia limites, e ele se adaptou às mudanças no cenário musical ao longo dos anos. Com o advento do funk mais erótico e festeiro nos anos 2000, ele trouxe um toque moderno ao seu estilo com a música “Glamurosa”, incorporando o tamborzão em sua sonoridade característica.

Desafios e Superando Adversidades

Apesar do sucesso, a vida de MC Marcinho também foi marcada por desafios e superações. Em 2006, ele enfrentou um grave acidente de carro que o deixou temporariamente em uma cadeira de rodas. No entanto, sua paixão pela música o impulsionou a continuar se apresentando e criando, demonstrando sua resiliência.

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Batalhas contra a Saúde e a Solidariedade da Comunidade

Nos últimos anos, a saúde de MC Marcinho foi uma constante preocupação. Desde uma suspeita de pneumonia em 2012 até um princípio de infarto em 2019, ele enfrentou batalhas contra problemas de saúde. Em 2020, durante a pandemia de COVID-19, ele lutou contra a doença e precisou ser internado em CTI.

Em meio a esses desafios, a comunidade do funk se uniu em solidariedade. Artistas como Jojo Todynho, Ludmilla e Valesca Popozuda se mobilizaram para garantir que Marcinho recebesse o tratamento médico necessário, demonstrando o impacto positivo que ele deixou na indústria musical.

O Adeus ao Ícone do Funk Carioca

A luta de MC Marcinho contra problemas cardíacos e renais o levou a uma batalha que culminou em sua internação em junho. Apesar dos esforços médicos, ele sofreu uma parada cardíaca e precisou ser intubado. Uma cirurgia para implante de um coração artificial e a espera por um transplante de coração se seguiram, mas uma infecção generalizada em agosto interrompeu sua jornada.

A morte de MC Marcinho deixa um vazio na cena musical e no coração de seus fãs. Sua esposa, Kelly Garcia, e seus três filhos lamentam a perda de um ente querido, enquanto o mundo da música se despede de um verdadeiro pioneiro que moldou o funk carioca.

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Clayton Lima

Uma pessoa apaixonada por esportes, praias e pela leitura de clássicos literários como "Dom Casmurro", além de obras contemporâneas como "O Código Da Vinci" e explorando questões fascinantes sobre a "Origem da Vida", sempre buscando cativar as pessoas.

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