“Faria Tudo Novamente”, Diz Adolescente de 16 Anos que Matou Pais Adotivos e Irmã em SP

Jovem Confessa Crimes e Relata Atividades Cotidianas Após Assassinatos

Adolescente que matou os pais adotivo e a irmã diz que faria tudo de novo ao confessar o crime Foto: Instagram
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São Paulo, 20 de maio de 2024 – O adolescente de 16 anos que confessou ter matado os pais e a irmã na última sexta-feira (17) no bairro da Vila Jaguara, zona oeste de São Paulo, foi detido neste domingo. Durante o depoimento, ele afirmou não estar arrependido e declarou que, se pudesse, “faria tudo novamente”.

Detalhes do Crime e Confissão

O jovem foi encaminhado à Fundação Casa e responderá pelos atos infracionais de homicídio, posse ilegal de arma de fogo e vilipêndio a cadáver. Segundo o registro da ocorrência, o adolescente ligou para a Polícia Militar na noite de domingo para confessar os assassinatos, que ocorreram dois dias antes.

Em seu relato, ele contou que, após cometer os crimes, continuou com suas atividades diárias, como ir à academia e fazer compras de alimentos, com os corpos dos familiares ainda em casa. Ele também confessou que, no dia seguinte aos assassinatos, deu uma facada no corpo da mãe devido à raiva que ainda sentia.

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Motivações e Briga Familiar

De acordo com o depoimento, o motivo que levou o adolescente a cometer os crimes foi uma briga com o pai relacionada ao uso do celular. Na noite anterior aos assassinatos, após uma discussão, o jovem foi castigado e ficou sem acesso ao aparelho, o que aumentou a tensão na casa.

Na sexta-feira à tarde, irritado por não poder apresentar um trabalho escolar devido à falta do celular, o adolescente aguardou a chegada do pai e da irmã mais nova. Assim que eles entraram em casa, ele atirou fatalmente no pai e depois subiu as escadas para matar a irmã com um tiro no rosto. Em seguida, ele foi à academia como se nada tivesse ocorrido.

Execução da Mãe

Naquela noite, o adolescente esperou a mãe chegar do trabalho. Ao abrir o portão para ela entrar com o carro, ele a executou dentro de casa. O jovem revelou que já havia pensado em matar os pais em outra ocasião, mas não havia seguido adiante com o plano.

Investigações em Andamento

A polícia continua investigando o caso e busca esclarecer mais detalhes sobre os acontecimentos. Testemunhas, incluindo amigos e vizinhos da família, devem ser ouvidas nos próximos dias para ajudar a entender melhor o contexto e as motivações por trás dos assassinatos.

Reações e Impacto na Comunidade

O crime chocou os moradores da Vila Jaguara e levantou debates sobre a saúde mental dos jovens, a dinâmica familiar e o acesso a armas de fogo. A escola onde o adolescente estudava também está fornecendo apoio psicológico a alunos e funcionários afetados pela notícia.

Medidas Legais

Por se tratar de um menor de idade, o jovem será julgado segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e poderá permanecer internado na Fundação Casa por até três anos, conforme prevê a legislação brasileira para casos de atos infracionais graves.

Reflexões e Desdobramentos

O caso levanta importantes reflexões sobre os fatores que podem levar a atitudes extremas entre jovens, incluindo questões de disciplina, relacionamento familiar e influências externas. A tragédia também coloca em pauta a necessidade de políticas públicas eficazes para prevenção de violência juvenil.

Enquanto a investigação prossegue, a comunidade e as autoridades buscam respostas e formas de evitar que situações semelhantes ocorram no futuro, garantindo apoio e intervenção adequados para jovens em risco.