Com mais de 36,3ºC, São Paulo bate recorde de calor pelo 3º dia seguido

Termômetro de rua marca 40ºC na Avenida Washington Luís, próximo ao viaduto sobre a Avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul de São Paulo, enquanto a cidade registra oficialmente 36,3ºC, segundo o Inmet — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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São Paulo viveu nesta quinta-feira (26) mais um dia de calor intenso, com os termômetros registrando 36,3ºC no Mirante de Santana, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Este é o terceiro dia consecutivo em que a cidade atinge recordes de temperatura, superando os 35,7ºC registrados na quarta-feira (25) e os 35,1ºC da terça-feira (24), até então o dia mais quente do ano.

A onda de calor, que tem afetado várias regiões do Brasil, já provocou um aumento considerável nas temperaturas em São Paulo. Até então, o recorde de calor na capital era de 34,7ºC, registrado em 16 de março deste ano. O fenômeno está associado à sétima onda de calor que o país enfrenta em 2024.

Previsão de alívio temporário

Mesmo com o calor extremo, a previsão para os próximos dias indica uma leve queda nas temperaturas. Segundo o Inmet, a expectativa é que na sexta-feira (27) a máxima chegue a 30ºC, ainda acima da média histórica de setembro, que é de 25,2ºC. No entanto, o alívio será temporário, já que a tendência é que o calor volte a subir no fim de semana.

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Até o momento, a maior temperatura já registrada no mês de setembro ocorreu no ano passado, no dia 24, quando os termômetros marcaram 36,5ºC. Este ano, os números já superaram os de 2023, e a expectativa é que novos recordes sejam estabelecidos se a onda de calor continuar.

Além das altas temperaturas, a cidade também enfrenta baixa umidade, o que agrava a sensação de desconforto para a população. A umidade relativa do ar na quarta-feira chegou a 65%, um nível considerado baixo para a saúde.

Impactos no comércio e fornecimento de energia

O calor extremo também trouxe problemas ao comércio e ao fornecimento de energia. Durante a tarde, várias regiões do centro de São Paulo sofreram com queda de energia. O edifício Copan, um dos marcos da cidade, foi um dos afetados, deixando comércios locais sem eletricidade por horas.

Entre os estabelecimentos impactados, a sorveteria Temumami relatou perdas significativas. “Estamos há quase duas horas sem energia e já deixamos de vender pelo menos 150 sorvetes, em um dia de calor extremo como este”, afirmou a empresa em suas redes sociais.

Falhas na rede subterrânea

Em nota, a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia, informou que equipes estão trabalhando para identificar a origem do problema e restabelecer o serviço. As áreas atingidas incluem trechos da Praça da República, Avenida Ipiranga e Rua Ana Cintra, entre outros. A empresa também está mobilizando geradores para suprir a demanda temporariamente, enquanto os técnicos atuam na solução definitiva da falha.

Até o momento, não há previsão exata de quando o fornecimento será totalmente restabelecido. A empresa pede que os consumidores afetados entrem em contato com o suporte para mais informações.

Mudanças climáticas e desafios para a cidade

A sequência de recordes de calor em São Paulo reflete os desafios impostos pelas mudanças climáticas, que têm intensificado fenômenos extremos em várias regiões do país. Especialistas alertam que o aumento das temperaturas está diretamente ligado ao aquecimento global, exigindo medidas urgentes para mitigar os impactos.

A cidade de São Paulo também enfrenta dificuldades para lidar com os efeitos do calor nas áreas urbanas, como a queda de energia e a sobrecarga nos sistemas de saúde devido ao aumento de casos de doenças respiratórias e desidratação. A previsão de novos recordes nos próximos dias mantém as autoridades em alerta para os possíveis desdobramentos.


Meta descrição: São Paulo bate recorde de calor pelo terceiro dia consecutivo com 36,3ºC. Onda de calor afeta o fornecimento de energia e traz desafios para a cidade.

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