Silvio Romero marcou para o Fortaleza, enquanto Enzo Fernández empatou para o clube argentino. Com o resultado, o Tricolor permanece na terceira colocação do Grupo F
m noite histórica, o Fortaleza, empurrado pela presença massiva da torcida na Arena Castelão, pressionou e se impôs diante do River Plate, mas não conseguiu superar o clube argentino e empatou por 1 a 1, em jogo válido pela quarta rodada da Copa Libertadores. Com o resultado, o Tricolor do Pici chega aos quatro pontos e se mantém na terceira colocação do Grupo F.
O primeiro tempo do confronto foi de alto nível. Com uma atmosfera na arquibancada digna do peso que a partida representa para a história do Tricolor, a equipe comandada pelo treinador Vojvoda entrou em campo de forma avassaladora e pressionou o clube argentino no seu campo de defesa.
Intenso, ágil nas trocas de passes e com linhas altas para pressionar a saída de bola, características que marcaram o auge do desempenho do trabalho realizado por Vojvoda em 2021, o Fortaleza explorou com eficiência os espaços cedidos pelo sistema defensivo do River, que foi bastante falho durante toda a primeira etapa. Além do alto volume de construção de jogadas, o Leão conseguiu transformar a superioridade em bola na rede.
Com quatro minutos, Crispim arrancou pelo lado esquerdo e tabelou com Lucas Lima — que devolveu com um lindo passe por cima dos defensores argentinos. Livre dentro da área, o ala tocou para Silvio Romero, que somente empurrou para o gol, anotando o seu nono tento na temporada e igualando-se a Yago Pikachu na artilharia.
Embora o panorama do embate fosse ótimo para o Fortaleza, um erro de marcação recolocou o River Plate na partida. No lance, que ocorreu aos 15 minutos, Pochettino recebeu bom passe nas costas da zaga tricolor e, antes que pudesse concluir, foi derrubado por Benevenuto dentro da área. Na cobrança da penalidade, Enzo Fernández bateu com segurança, deslocou Max Walef e igualou o placar.
Com o marcador em 1 a 1, o duelo tornou-se franco e as duas equipes passaram a atacar com frequência. Apesar do cenário aberto, o Fortaleza seguiu criando situações mais perigosas. Lucas Lima — grande destaque da equipe ao lado de Crispim e Romero —, quase fez um gol em duas oportunidades, mas o goleiro Armani fez boas defesas. O clube argentino, por outro lado, concentrou suas tentativas de avanços em transições rápidas.
Na volta do intervalo, o cenário do confronto não teve grandes alterações. O Fortaleza, com mais controle das ações, mas já sem o mesmo vigor físico do primeiro tempo, continuou com uma postura propositiva. As tomadas de decisões, entretanto, não foram efetivas. Os argentinos, por outro lado, sem tanta inspiração nas construções ofensivas, limitaram-se aos contra-ataques, estratégia que não surtiu efeito.
Vojvoda, ciente da necessidade de revigorar fisicamente a equipe, promoveu algumas alterações importantes, como Depietri e Renato Kayzer, que agregaram com novas movimentações em campo, gerando boas situações no ataque. Apesar da grande pressão nos momentos finais do jogo, as tentativas ofensivas do Tricolor do Pici não foram concluídas com eficiência e o resultado permaneceu inalterado.
O empate, apesar de dificultar as chances do Fortaleza na busca pelas oitavas de final da Libertadores, traz perspectivas positivas, principalmente pelo bom desempenho diante de uma das principais equipes do continente. Com quatro pontos e na terceira colocação, posição que garante vaga nas oitavas da Sul-Americana, o Leão terá os seus dois — e decisivos — últimos jogos fora de casa, o primeiro contra o Alianza Lima, no Peru, no dia 18, e o segundo diante do Colo-Colo, no Chile, no dia 25.
Fonte: Da Redação