Fortes Chuvas no RS Deixam 17 Mil Desabrigados e Saldo de 4 Mortes

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Desde a última quarta-feira (15), as intensas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul têm causado impactos significativos, resultando na trágica morte de quatro pessoas e forçando 17.001 habitantes a deixarem suas residências. A região mais afetada é o Vale do Taquari, que já enfrentara sérias consequências das chuvas em setembro deste ano. A Defesa Civil estadual registra 3.737 desabrigados e 13.264 desalojados, enquanto dezenas de estradas permanecem interditadas nesta segunda-feira (20).

EM RESUMO:

Fortes chuvas no Rio Grande do Sul causam quatro mortes e forçam 17 mil a deixarem suas casas. Autoridades enfrentam desafios nas regiões mais afetadas, como o Vale do Taquari. Situação também se agrava em Santa Catarina, com nove municípios em calamidade pública. Previsão indica continuidade das chuvas e risco de temporais na região nos próximos dias.

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Desde o último sábado (18), as autoridades expressam preocupação com o aumento do volume de água nos rios que desembocam no Lago Guaíba, em Porto Alegre. O nível do Guaíba atingiu 3,30 metros no final da tarde desta segunda-feira, superando a cota de inundação de 3,00 metros. As comportas do sistema de proteção contra cheias foram fechadas, e a Defesa Civil de Porto Alegre intensificou suas ações nas regiões ribeirinhas desde domingo.

A situação mais crítica na capital gaúcha é no bairro Arquipélago, composto por cinco ilhas, onde 107 pessoas, incluindo 75 adultos e 32 crianças, foram retiradas de suas residências devido às inundações. A Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre precisou suspender a circulação de trens em três estações devido a alagamentos. A marca de 3,30 metros no nível do Guaíba representa a maior cheia desde 1941, segundo a MetSul Meteorologia.

As autoridades estaduais estão mobilizadas para lidar com a emergência. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, sobrevoou as áreas mais afetadas, incluindo o Vale do Taquari, o Vale do Caí, e a Serra. Em entrevista à imprensa, Leite afirmou que o governo está agilizando a liberação de recursos, destinando R$ 400 mil para cidades em emergência e R$ 600 mil para municípios em calamidade. Algumas prefeituras, como a de Cruzeiro do Sul, solicitam doações, enquanto outras buscam apoio de voluntários.

A Defesa Civil estadual destaca a diferença entre as chuvas de setembro e as atuais, apontando para uma elevação gradual do nível do rio em novembro, em contraste com as chuvas volumosas e abruptas do mês anterior. No entanto, o governo estima que mais de 227 mil pessoas foram afetadas diretamente ou indiretamente desde a última quarta-feira, com pelo menos 158 municípios reportando danos à Defesa Civil. Estradas estaduais também permanecem bloqueadas devido a deslizamentos de terra e inundações.

Apesar de uma redução na intensidade das chuvas nesta segunda e terça-feira, a previsão da MetSul aponta para uma mudança no tempo na quarta-feira, com a chegada de uma frente fria que pode resultar em chuvas intensas em várias regiões do estado. A população gaúcha continua a enfrentar os desafios decorrentes das condições climáticas adversas.

Em Santa Catarina, o cenário não é diferente. Chuvas intensas levaram 67 municípios ao estado de emergência, com nove deles declarados em calamidade pública. A passagem de um tornado em Urupema causou destruição parcial de uma residência, e as chuvas já resultaram na morte de três pessoas. O Corpo de Bombeiros continua buscas por um homem desaparecido em Praia Grande. A previsão indica a possibilidade de temporais isolados em Santa Catarina nesta terça-feira, com um aumento do risco associado na quarta e quinta-feira devido à passagem de uma frente fria.