Greve de ônibus afeta 1,5 milhão de passageiros e congestionamento chega a 146 quilômetros em SP

Paralisação de motoristas é a segunda em 15 dias. Rodízio de veículos está suspenso e trânsito liberado em faixas e corredores

RESUMINDO A NOTÍCIA

  • Paralisação de motoristas e cobradores afeta 675 linhas e 6.008 ônibus
  • Categoria descumpriu decisão judicial de manter 80% da frota em circulação
  • Com a suspensão do rodízio, mais pessoas usaram carro para deslocamentos
  • Julgamento do dissídio no TRT está marcado para as 15h

Em mais um dia de greve de ônibus na capital paulista, 1,5 milhão de passageiros tiveram dificuldade para chegar ao trabalho. O rodízio de veículos foi suspenso nesta quarta-feira (29) e o congestionamento chegou a 146 quilômetros às 9h, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

A paralisação afeta 675 linhas e 6.008 ônibus. A Justiça do Trabalho determinou a manutenção de 80% da frota em circulação nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A SPTrans solicitou à Justiça o aumento do valor da multa, além de autuação de empresas pelo não cumprimento das viagens.

Com a liberação da circulação de carros com placas final 5 e 6 e a permissão de tráfego em faixas e corredores de ônibus, motoristas enfrentaram longas filas no trânsito. Às 9h, a CET registrou 146 quilômetros, o pico da manhã. No mesmo dia da semana passada, o índice era de 111 quilômetros.

Continua após a publicidade..

Na última greve, no dia 14, o pico de congestionamento foi de 164 quilômetros. De acordo com a CET, a média de lentidão na cidade está 34% abaixo da média da última greve.

Quase metade do congestionamento está concentrado na região sul, seguido pelas zonas oeste e leste da capital. Apenas na marginal Tietê no sentido Castelo Branco, eram 7 quilômetros de filas. Na avenida dos Bandeirantes no sentido marginal, são outros 5 quilômetros de lentidão.

A Zona Azul na capital está mantida.

O julgamento do dissídio coletivo de motoristas e cobradores de ônibus no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) está marcado para as 15h a pedido do SPUrbannus (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de São Paulo).

Em nota, o sindicato patronal informou que enviou, no fim da tarde desta terça-feira (28), “correspondência à prefeitura, Secretaria de Segurança Pública, Secretaria Municipal de Segurança Urbana, Guarda Civil Metropolitana e SPTrans pedindo de reforço policial nas garagens e principais corredores de ônibus para garantir a operação da frota possível, com o objetivo de minimizar os efeitos da paralisação dos operadores”.

Fonte: R7