Greve do Metrô e da CPTM SP: veja quais linhas estão paradas e até quando vai a paralização

Funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp aprovam greve unificada

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Em uma assembleia-geral realizada na noite de segunda-feira, 2 de outubro, os trabalhadores do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) votaram e aprovaram a greve unificada, que teve início à meia-noite de terça-feira, 3 de outubro. Os sindicatos já haviam alertado sobre a paralisação na semana anterior, que deve durar 24 horas.

Linhas de transporte público afetadas na manhã de terça-feira

No início da manhã de terça-feira, todas as linhas de gestão pública da CPTM estavam paralisadas, afetando os deslocamentos dos paulistanos. As linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade não estavam em operação. O metrô também não escapou da greve, com a maioria de suas linhas amanhecendo de portas fechadas, exceto as linhas 4-Amarela e 5-Lilás.

Categorias protestam contra a privatização

A principal motivação por trás da greve é a oposição à privatização das três empresas públicas mencionadas. Os sindicatos argumentam que a transferência das operações para o setor privado, promovida pelo governo estadual, carece de um debate mais amplo com a sociedade e pode prejudicar a qualidade dos serviços prestados.

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Plebiscito é demanda dos sindicatos

Camila Lisboa, presidente do sindicato dos metroviários, destacou a necessidade de cancelar todos os processos de privatização e terceirização das empresas públicas. Além disso, os sindicatos exigem a realização de um plebiscito oficial para consultar a população sobre as privatizações das empresas. Essa demanda reflete a preocupação dos trabalhadores em envolver a sociedade nas decisões que afetam serviços públicos essenciais.

Qualidade dos serviços em questão

As entidades sindicais argumentam que a concessão de linhas de transporte e a operação da rede de água e esgoto por empresas privadas podem deteriorar a qualidade dos serviços. Eles se baseiam no aumento das falhas nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, que geraram muitas reclamações dos usuários no início deste ano. Essa privatização específica das linhas de trens também está sob investigação do Ministério Público.

Engenheiros do metrô não aderem à greve

É importante notar que os engenheiros do metrô não aderiram à greve, devido a uma liminar emitida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. A decisão judicial indeferiu um recurso interposto pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo e estendeu os efeitos da decisão ao Sindicato dos Engenheiros do Estado (SEESP), incluindo o pagamento de multa diária de R$ 500 mil. Portanto, os engenheiros optaram por não participar da greve.

Impactos da greve e medidas de contingência

Em resposta à greve, o governo de São Paulo decretou ponto facultativo em órgãos públicos, o que implicou o adiamento de consultas, exames e outros serviços públicos agendados para o dia da greve. Além disso, a Prefeitura da capital paulista suspendeu o rodízio de veículos para aquele dia, enquanto ampliou o itinerário de 26 linhas municipais de ônibus para minimizar os transtornos causados pela paralisação.

Posição do governo de São Paulo

O governo do estado classificou o movimento como “ilegal” e “abusivo”, afirmando que é injustificável que a greve seja usada para fins políticos e ideológicos. Eles enfatizaram a importância de debater a privatização em audiências públicas e não por meio de interrupções no transporte público. O governador do estado estava programado para fazer um pronunciamento na manhã de terça-feira, juntamente com os presidentes das três companhias afetadas, para detalhar as medidas de contingência.

Decisões do Tribunal Regional do Trabalho

Por fim, vale ressaltar que o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo emitiu liminares determinando que o Metrô e a CPTM operem com 100% dos serviços durante o horário de pico e 80% nos demais horários, sob pena de multas significativas. Na Sabesp, a taxa de trabalhadores que devem atuar é de 85%, com uma multa estabelecida em R$ 100 mil em caso de descumprimento. Essas medidas refletem a preocupação em minimizar os impactos da greve sobre a população de São Paulo.