O movimento islâmico Hamas considerou neste domingo (14) a resposta iraniana, com mais de 300 drones, mísseis balísticos e de cruzeiro lançados sábado (13) contra Israel, como “um direito natural e uma resposta merecida”.
“Nós, no Movimento de Resistência Islâmica [Hamas], consideramos a operação militar levada a cabo pela República Islâmica do Irã contra a entidade ocupante sionista como um direito natural e uma resposta merecida ao crime de ataque ao consulado iraniano em Damasco”, a 1º deste mês, referiu, num comunicado, o Hamas, movimento apoiado por Teerã.
O Hamas também apelou ao resto dos países árabes, “aos povos livres do mundo e às forças de resistência da região” para continuarem a apoiar “a liberdade e independência” do povo palestino, em referência à guerra que Israel continua que se alastrou na Faixa de Gaza e já provocou a morte de mais de 33,6 mil pessoas em pouco mais de seis meses.
“Pedimos a todas as forças da nação que continuem a apoiar a resistência e a operação Al Aqsa Flood”, disse, referindo-se ao nome oficial dado aos ataques perpetrados em 7 de outubro de 2023 contra Israel, conforme foi noticiado pelo jornal palestino Filastin, associado ao Hamas.
No total, sete membros da Guarda Revolucionária e seis sírios morreram no atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, pelo qual, como é habitual neste tipo de casos, Israel não assumiu a responsabilidade.
Tal como relatado hoje pelo Exército israelense, dos cerca de 170 drones (aeronaves não tripuladas) que o Irã lançou antes da meia-noite, nenhum atingiu o território israelense e 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos dos mais de 120 mísseis balísticos também foram interceptados.
Segundo o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, “99% das ameaças lançadas contra o território israelita foram interceptadas, uma conquista estratégica muito significativa”.
Em conferência de imprensa, Hagari disse que o ataque representou “mais de 300 ameaças de vários tipos” e confirmou vários lançamentos, sem especificar números, provenientes dos “territórios do Iraque e do Iêmen”.