O cineasta Dimas Oliveira Junior, depois de alguns anos de pesquisas, resgata a memória do esquecido cantor Cândido Botelho, um ícone da Música Brasileira, em um filme documentário que traz a história e apresenta às novas gerações, a genialidade de um dos maiores cantores do Brasil, primeiro a apresentar a música Aquarela do Brasil e um dos intérpretes preferidos de Villa Lobos. Sucesso no teatro, rádio, cinema, cantou e encantou. O novo trabalho integra o “Memória, Velhos Nomes por novos Talentos”, projeto idealizado por Dimas.
“A memória Brasileira tem sérios problemas, em todos os sentidos e segmentos, sociais, políticos, artísticos, e por ser a minha área, venho lutando muito tempo para que a Memória Artística Nacional, não se perca ainda mais, e pensando no futuro da preservação dessa memória, através dos jovens, é que idealizei um Projeto denominado “Memória, Velhos Nomes por novos Talentos”, uma série de filmes que contam a vida de nossos grandes e icônicos ídolos musicais, direcionado a um público específico, que é a criança e o adolescente”, explica o cineasta. .
Além do sucesso alcançado na Europa, nos anos 20, o cantor Cândido Botelho representou o Brasil na Feira Mundial de Nova York em 1940, sendo conhecido como A Voz do Brasil e contratado pela National Broadcasting Company (NBC). Foi ele quem primeiro divulgou Aquarela do Brasil (Ary Barroso) nos EUA, testemunhando o início do sucesso de Carmen Miranda na América do Norte.
Sempre preocupado com o descaso que a memória cultural do Brasil sofre, o cineasta Dimas Oliveira Junior, traz em um filme documentário, em parceria com o Diretor Marcelo Caltabiano, a história de Cândido Botelho, direcionado para exibições em emissoras de TV, que já vem sendo sondadas para a veiculação do filme.
Através de depoimentos reveladores e emocionantes, como da Historiadora e Pesquisadora, Cândida de Arruda Botelho, sobrinha do cantor, o filme apresenta cenas de simulações, recriando cenários e ambientações do período em que o cantor viveu, como o Cassino da Urca, Rádio Mayrink Veiga, com a interpretação do ator Lucas Monteiro, que recria e dá vida a momentos importantes da vida profissional de Cândido Botelho. Um trabalho de ator que vem sendo trabalhado arduamente pelo ator, que reconhece a importância do resgate da memória desse ícone da Música Brasileira, e considera-se um privilegiado em poder dar vida ao cantor.
“O projeto se iniciou em 2015 com as pesquisas sobre a vida do cantor, onde pude contar com a ajuda de sua sobrinha, a historiadora Cândida de Arruda Botelho, que teve o privilégio de conviver com seu tio Cândido e poder enriquecer o filme documentário com um depoimento rico em detalhes e com emoção, sobre a vida de nosso cantor. A partir das pesquisas realizadas, tivemos que esperar a onda pandêmica que assolou o planeta, ser mais amena e agora já estamos filmando em ritmo acelerado, para ainda esse anos de 2022 lançarmos “Cândido Botelho, A Voz Apaixonada do Brasil”. Mas deve-se muito ao ator Lucas Monteiro que veio de encontro às minhas expectativas de encontrar alguém que pudesse recriar o carisma de Cândido Botelho. Devo muito ao empenho do ator, esse projeto estar acontecendo”, conta.
Em fase final, o filme documentário estreia no segundo semestre de 2022, em diversas cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e até na cidade de São Carlos (SP), onde Cândido Botelho viveu após se retirar da vida artística, até o ano de 1955.
A apresentação do filme documentário fica por conta do ator Jefferson Mascarenhas (novelas Jesus e Gênesis), e a cidade escolhida para servir de cenário para as reconstituições do filme é Taubaté, no interior de São Paulo, mesmo local, onde o cineasta filmou SILA, o premiado filme que conta a história do fim do cangaço.