Fotos de corpos de traficantes e policiais do Bope no Complexo da Maré ganham destaque nos sites de busca
Rio de Janeiro – A operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, continua após mais de 11 horas de confrontos intensos. Iniciada por volta das 6h desta terça-feira (11), a ação resultou na prisão de 24 suspeitos e na morte de cinco pessoas, incluindo um policial do Bope. O clima na região segue tenso, com a presença maciça das forças de segurança.
Até o momento, 24 suspeitos foram detidos, com sete deles provenientes de Minas Gerais. Entre os presos, cinco estavam foragidos da justiça. Durante a operação, a polícia apreendeu 11 fuzis, uma metralhadora antiaérea, cinco pistolas, uma espingarda calibre .12, seis carros roubados, duas motos e uma quantidade significativa de drogas. A Polícia Militar também encontrou um esconderijo utilizado por traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) na comunidade. Os materiais foram encaminhados à 21ª DP (Bonsucesso) e os veículos recuperados levados para o pátio do 22° BPM (Maré).
Confrontos e Vítimas
Entre as vítimas está Jorge Galdino Cruz, um policial do Bope de 32 anos, que perdeu a vida durante o confronto. Outro policial ficou ferido e um morador da Maré, Revalci Rosa Agues, de 75 anos, foi baleado e está internado em estado estável no Hospital Estadual Getúlio Vargas. Moradores relataram a presença maciça de policiais do Bope e do Choque, que revistaram casas na Vila do João até a Baixa do Sapateiro, utilizando o “caveirão”, veículo blindado da polícia.
Repercussão e Impacto na Comunidade
A operação gerou episódios de represálias, como tentativas de bloqueio da Linha Amarela e ataques a veículos na Avenida Brasil. Na manhã desta terça-feira, um ônibus da linha 361 foi incendiado e uma carreta foi atravessada na via, na altura da Vila do João, causando grande transtorno no trânsito.
Fechamento de Escolas e Serviços
O impacto da operação afetou significativamente escolas, universidades e clínicas na região. A Secretaria Municipal de Saúde informou que o Centro Municipal de Saúde Vila do João e as Clínicas da Família Adib Jatene e Augusto Boal suspenderam o funcionamento. A Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva manteve o atendimento, mas suspendeu atividades externas.
A Secretaria Municipal de Educação do Rio declarou que 37 escolas no Complexo da Maré foram afetadas, enquanto a Secretaria Estadual de Educação relatou o fechamento de duas escolas, prejudicando cerca de 900 estudantes do turno da manhã. A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) suspendeu atividades avaliativas e abonou as faltas dos estudantes.
Reação das Autoridades
O governador Cláudio Castro expressou pesar pela morte do policial Jorge Galdino Cruz e prestou solidariedade à sua família e amigos. Em suas redes sociais, Castro reforçou o compromisso com a segurança pública e enalteceu a coragem das forças de segurança. “Seguiremos combatendo a criminalidade, reforçando o nosso compromisso com a segurança do Rio de Janeiro”, afirmou.
A operação no Complexo da Maré visa desmantelar uma quadrilha especializada em roubo de veículos. Investigações apontam que a região é um dos principais destinos de veículos roubados na Avenida Brasil. O clima permanece tenso, com a presença contínua das forças de segurança, e os moradores ainda enfrentam os impactos da ação policial.
Continuidade da Operação e Expectativas
Com a operação em andamento e o clima de tensão persistindo, autoridades e moradores aguardam os desdobramentos dessa ação, que tem como objetivo combater a criminalidade e restabelecer a segurança na região. A expectativa é que as operações continuem, buscando desarticular completamente as atividades criminosas na área.
As imagens fortes dos corpos dos traficantes e policiais mortos durante a operação circularam amplamente nas redes sociais e sites de notícias, gerando uma reação intensa da opinião pública e aumentando a pressão sobre as autoridades para a resolução rápida e eficaz dos conflitos na comunidade da Maré.