O Exército israelita confirmou, neste domingo, a morte de Nabil Kaouk, um alto responsável do Hezbollah, durante um ataque aéreo realizado no sábado nos subúrbios de Beirute. Essa operação ocorreu um dia após um bombardeio que resultou na morte do líder do grupo, Hassan Nasrallah. A eliminação de Kaouk levanta preocupações sobre a continuidade do comando do Hezbollah em meio a um clima de intenso conflito na região.
Ataque Aéreo e Morte de Kaouk
De acordo com o comunicado do Exército israelita, Kaouk, que era o comandante da unidade de segurança do Hezbollah e membro do seu conselho central, estava “diretamente envolvido na promoção de projetos terroristas contra o Estado de Israel”. A fonte confirmou que ele foi morto em um ataque nos subúrbios a sul de Beirute. A morte de Nabil Kaouk representa um golpe significativo para o Hezbollah, já que ele era apontado como um possível sucessor de Nasrallah.
Histórico na organização, Kaouk se juntou ao Hezbollah na década de 1980 e ocupou diversos cargos importantes ao longo dos anos. Sua influência e responsabilidades dentro do grupo xiita libanês o tornaram uma figura central na estratégia de operações do Hezbollah contra Israel, especialmente nos últimos dias de conflito.
A Escalada do Conflito Israel-Hezbollah
A morte de Kaouk se insere em um contexto de escalada militar entre Israel e o Hezbollah, que intensificou-se desde o ataque do Hamas em solo israelita em 7 de outubro de 2023. Desde então, ambos os lados têm se envolvido em um intenso fogo cruzado, resultando em dezenas de milhares de deslocados nas regiões fronteiriças.
Israel já havia eliminado, anteriormente, Ibrahim Aqil, chefe das operações militares do Hezbollah, em outro ataque em Beirute. Essa série de operações militares tem sido justificada pelo Exército israelita como uma medida de segurança para proteger seus cidadãos e retaliar as ações hostis do Hezbollah.
Repercussões para o Hezbollah e a Região
A morte de figuras chave como Hassan Nasrallah e Nabil Kaouk pode impactar a estrutura de liderança do Hezbollah, que faz parte do chamado “Eixo da Resistência”, uma coligação pró-iraniana que inclui, entre outros, o Hamas e os rebeldes Houthis do Iémen. A perda de líderes pode gerar incertezas sobre a continuidade das operações do grupo e suas táticas de combate.
Com a pressão militar israelense aumentando, o Hezbollah pode se ver obrigado a reavaliar suas estratégias de ataque e defesa, enquanto tenta manter a coesão interna e a lealdade de seus membros diante de tais perdas.
A situação no Oriente Médio continua a evoluir, com Israel intensificando suas operações contra o Hezbollah e o grupo xiita enfrentando perdas significativas. A morte de Nabil Kaouk marca mais um capítulo no conflito complexo e volátil da região, onde o poder e a influência do Hezbollah estão em jogo.