O atacante inglês Wayne Rooney classificou como “desgraça” a pressão realizada para que hajam cortes de salários de jogadores da Premier League (Primeira Divisão do Campeonato Inglês) por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19), publicou neste domingo (5) o jornal britânico Sunday Times.
Na última semana, o secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, afirmou que os jogadores da Premier League devem sofrer cortes nos salários, e a Premier League disse que os clubes estão conversando sobre uma redução de 30%.
“Primeiro o secretário de saúde (…) disse que os jogadores da Premier League deveriam sofrer um corte salarial. Ele estava desesperado para desviar a atenção do tratamento que o Governo faz dessa pandemia?”, questionou o jogador.
O movimento de redução de salários de atletas profissionais tem se espalhado pelo mundo. Na Espanha, Alemanha, nos Estados Unidos e até no Brasil, seja no futebol ou em outras modalidades como o basquete (a NBA tem pensado na diminuição dos vencimentos de seus atletas) esta medida tem sido estudada para lidar com a diminuição de receitas de agremiações esportivas.
Doação de parte dos salários
Contudo, a postura de Rooney não é unanimidade entre as estrelas do futebol inglês. Na última sexta (3), o jornal Daily Mail publicou que os jogadores do Manchester United aceitaram reduzir seus salários e destinar este valor para o sistema de saúde do Reino Unido.
Segundo a publicação, os jogadores de Old Trafford concordaram em renunciar a 30% de seus vencimentos desde que o dinheiro seja usado para beneficiar hospitais e centros de saúde em Manchester na luta contra o coronavírus.
Além disso, o capitão do Liverpool, o meia Jordan Henderson, está organizando um fundo de crise que deve arrecadar milhões para o sistema de saúde do Reino Unido, contando com a ajuda de outros capitães do Campeonato Inglês.