Segundo o médico legista Thales Bittencourt, o impacto da aeronave no solo causou o óbito. Politraumatismo contuso foi a causa da morte da cantora Marília Mendonça e outros quatro ocupantes da aeronave que seguia em direção ao aerodromo de Caratinga em MG
RIO — A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta quinta-feira que a causa da morte de Marília Mendonça e das outras quatro vítimas do acidente aéreo ocorrido em Piedade de Caratinga (MG) em 5 de novembro foi politraumatismo contuso. A tragédia na zona rural da cidade mineira gerou comoção nacional por ter provocado o óbito da cantora e compositora de 26 anos, que ganhou o título de “rainha da sofrência” e havia ajudado a deslanchar o movimento musical feminejo.
— É possível afirmar que a morte ocorreu a partir do impacto da aeronave no solo, que levou ao politraumatismo grave de todas as vítimas — afirmou o médico legista Thales Bittencourt em entrevista coletiva nesta quinta-feira, baseando-se no laudo realizado pela perícia técnica.
Além da artista goiana, morreram seu produtor Henrique Ribeiro, seu tio e assessor, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.
A ausência de sinalização nas torres de energia da Cemig próximas ao aeroporto de Caratinga, em Minas Gerais, é a principal causa do acidente trágico, mas, segundo a Polícia Civil, uma segunda linha de investigação apura se houve algum defeito nos motores que justificasse o voo baixo.
Por meio de nota, a Cemig — que chegou a informar, antes, que o avião colidiu com um cabo de energia momentos antes de cair nas proximidades de um riacho — ressaltou que a linha de distribuição atingida pela aeronave estava fora da zona de proteção do aeroporto.
Advogados que representam a filha do piloto, no entanto, ainda sustentam a tese de que a inadequada sinalização em cabos de alta tensão da Cemig ocasionaram o acidente. A ação judicial contra a empresa está mantida, eles garantem.
Fonte; O Globo