Marinha dos EUA diz ter feito disparos de alerta contra 3 navios iranianos no Golfo

Embarcações militares se aproximaram de navio dos EUA. Antes dos tiros, militares americanos dizem ter emitido alertas por alto-falantes. Incidentes como esse são relativamente comuns na região.

Bandeira do Irã tremula em Viena, em frente à sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) — Foto: Leonhard Foeger/File Photo/Reuters

A Marinha dos Estados Unidos informou ter feito disparos de alerta contra três navios militares iranianos nesta terça-feira (27) após eles se aproximarem de uma embarcação americana que patrulhava uma área dentro do Golfo Pérsico.

Em um comunicado oficial, os americanos dizem ter emitido diversos alertas por alto-falantes, mas quando os barcos chegaram a cerca de 60 metros de distância, dispararam em alerta. Incidentes como esse são relativamente comuns na região – mas não eram registrados há pelo menos 1 ano.

Golfo Pérsico e países ao redor — Foto: G1 Mundo
Golfo Pérsico e países ao redor — Foto: G1 Mundo

Segundo as Forças Armadas americanas, as três embarcações iranianas eram operadas pela Guarda Revolucionária do Irã e teriam se aproximado na véspera do USS Firebolt e de um outro navio da Guarda Costeira dos EUA em águas internacionais na parte norte do Golfo.

Continua após a publicidade..

“As tripulações norte-americanas emitiram múltiplos alertas via rádio direto e dispositivos alto-falantes, mas as embarcações da Guarda Revolucionária continuaram a fazer suas manobras a curta distância”, diz o comunicado.

Segundo as autoridades americanas, a tripulação do Firebolt realizou os disparos de alerta e as embarcações iranianas se afastaram. Em nota, a Marinha disse que uma ação semelhante – mas sem os disparos – aconteceu no início do mês com outra embarcação americana.

O incidente acontece enquanto potências globais buscam com o Irã acelerar as iniciativas para trazer Washington e Teerã de volta ao cumprimento do acordo nuclear de 2015, e os EUA já tranquilizaram seus aliados do Golfo sobre o status das negociações.

Ao se oferecer para retornar ao acordo em fevereiro, o presidente dos EUA, Joe Biden, enfatizou a necessidade de reduzir “as atividades desestabilizadoras do Irã em todo o Oriente Médio”.

Fonte: G1