O Ministério da Justiça e Segurança Pública estuda, juntamente com o governo do Rio de Janeiro, um plano para aumentar a segurança no estado. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (5) pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, durante balanço preliminar da Operação Égide, na superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio.
“É um dos estados mais difíceis da federação para lidar com a segurança pública. Desde o início, nós demos uma atenção toda especial para o Rio de Janeiro. Estamos em conversas; Já tive três reuniões com o governador Cláudio Castro, para ver de que forma ele precisa de ajuda, em relação às polícias Civil e Militar, para atuarmos juntos, integrados, no combate ao crime no estado”, disse o ministro.
Segundo ele, a ideia é um plano mais amplo, passando pelas questões sociais, que beneficie principalmente a parcela da população mais pobre, que hoje é obrigada a conviver sob a influência do crime organizado.
“O que eu tenho conversado com o governador é que nós precisamos de um projeto estruturante de segurança pública. A gente tem que pensar junto, governos federal e estadual. Um plano que pense as comunidades, que atinja toda a população, os mais pobres, que realmente precisam do Estado, para que a gente tire os cidadãos das mãos do crime”, explicou Torres.
O projeto, de acordo com o ministro, tem que partir do interesse do governador: “tem que partir do estado. Nós estamos à disposição. O governo federal está pronto para apoiar o Rio de Janeiro no que for preciso na área de segurança pública”.
Torres disse que tem dois concursos em andamento na área de segurança federal, em entendimentos com o Ministério da Economia, inclusive com possível aumento no orçamento da pasta para 2022.
Operação Égide
Durante a apresentação dos resultados preliminares da Operação Égide, que começou em 1º de outubro passado e deve seguir até 15 de janeiro de 2022, o ministro comemorou os bons resultados, em termos de grandes apreensões de drogas, armas, dinheiro e prisões de criminosos.
“Está sendo um sucesso. Em um mês de operação, tivemos resultados fantásticos, grandes apreensões, tiramos muitas armas de circulação, apreensão de drogas, cigarros, veículos recuperados e mais de duas mil pessoas presas. Nós vamos continuar a jogar duro com a criminalidade do Rio de Janeiro”, afirmou Torres.
Segundo o balanço apresentado pela PRF, em um mês, foram apreendidos 37.750 quilos (kg) de maconha, 3.587 kg de cocaína, 7,1 milhões de maços de cigarros, recuperados 478 veículos, apreendidas 87 armas de fogo, apreendidos R$ 511 mil em espécie, com 2.132 prisões.