Moradores impedidos de entrar em região cercada para buscas por Lázaro formam fila enorme

Cerco foi montado após mulher denunciar que viu pessoa em chácara. Equipe investiga se era Lázaro, que foge há 16 dias após ser suspeito de cometer chacina no DF.

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Uma fila com dezenas de moradores se formou na tarde desta quinta-feira (24) em uma estrada de terra que dá acesso às chácaras, em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás. O motivo é um bloqueio, que já dura mais de três horas, feito com viaturas após uma mulher denunciar ter visto “um pessoa” em uma das propriedades. A força-tarefa investiga se era Lázaro Barbosa, suspeito de uma chacina no DF, procurado há 16 dias.

O cerco começou às 14h45, quando várias viaturas da força-tarefa deixaram a base de comando e se dirigiram ao local. Até as 18h55, a estrada ainda estava bloqueada e viaturas ainda chagavam ao local. Até essa hora, não havia informação de que Lázaro havia sido localizado.

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, saiu em um carro descaracterizado para acompanhar as equipes e confirmou às equipes de reportagem que uma pessoa foi vista, mas que apurava se era o Lázaro. 

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“Não tenho [informação nova]. O pessoal está buscando. Uma pessoa foi vista. Não sabemos se foi ele”, disse o secretário na saída da chácara.

Moradores barrados

O fazendeiro Joaquim Alves Gomes, 44 anos, está esperando a mais horas. Estava levando 10 galinhas para a chácara e disse que teve de abrir o porta-malas para as aves respirarem.

“Elas [as galinhas] estão com sede, calor. Abri o porta-malas para não morrerem”, contou.

Joaquim Alves Gomes, 44 anos, abriu porta-malas para galinhas respirarem durante horas de bloqueio na estrada — Foto: Guilherme Rodrigues/G1

A moradora Fabrina Mariellen tinha ido buscar milho para as galinhas e na volta para a chácara foi surpreendida pela barreira. Ela contou que está preocupada porque deixou a filha de 3 anos em casa com o marido.

“Deixei uma filha e esposo. Coração de mãe doendo. Estou muito preocupada. Guarda não deixa passar”, contou.

Moradora Fabrina Mariellen relata preocupação com filha e marido ao ser barrada perto de casa — Foto: Guilherme Rodrigues/G1

O servidor público Melquisedeque Barbosa de Castro, de 37 anos, estava levando comida para os cavalos e reclamou do tempo que teve de esperar na fila de carros.

“Estou aguardando há mais de hora. Eles [policiais] não têm previsão de liberar. Tenho que levar comida para os cavalos. Durante o dia já é perigoso. A noite então”, desabafou.

Fonte: G