Moraes decreta prisão preventiva dos 11 suspeitos de atos antidemocráticos e de vandalismo em Brasília

PF só localizou quatro alvos até o momento; sete estão foragidos

Manifestantes bolsonaristas fecham via próxima à sede da Polícia Federal no DF Foto: Walter Rocha/TV Globo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu converter em prisões preventivas (sem prazo para terminar) as detenções dos 11 suspeitos de atos antidemocráticos e de vandalismo realizados em Brasília no início do mês passado. Alvos de operação da Polícia Federal deflagrada na semana passada, as prisões deles até agora eram temporárias, e o prazo venceria nesta sexta-feira.

A PF só localizou quatro alvos até o momento: Átila Melo, Klio Hirano, Joel Pires Santana e Samuel Barbosa Cavalcante. Os outros sete alvos de mandados de prisão são considerados foragidos: Alan Diego dos Santos, Helielton dos Santos, Ricardo Aoyama, Silvana Luizinha da Silva, Walace Batista da Silva, Wellington Macedo e Wenia Morais Silva.

A investigação foi aberta pela PF para apurar a tentativa de invasão do prédio da corporação, em Brasília, realizada no dia 12 de dezembro. Bolsonaristas protestavam contra a prisão do líder indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante, depredaram o prédio da PF e promoveram atos violentos em Brasília, incendiando veículos e até mesmo tentando jogar um ônibus de cima de um viaduto na capital federal.

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Klio Hirano e Átila Melo foram presos pela PF no final de dezembro suspeitos de terem atuado nos atos em Brasília — Foto: Reprodução

De acordo com os investigadores, todos os alvos teriam participado dos atos de depredação que tiveram início com a tentativa de invasão da sede da PF e acabaram atingindo veículos e outros locais da capital. Alguns teriam sido responsáveis inclusive por obter galões de gasolina usados para incendiar veículos.

Além das prisões, a PF também realizou busca e apreensão nos endereços dos investigados. Um dos próximos passos da investigação é apurar se houve financiadores e a origem dos recursos que abasteceram os extremistas.