Moraes diz que golpistas planejavam prendêlo e enforcá-lo na frente do congresso

Moraes revela que golpistas planejavam prendê-lo e enforcá-lo: Ministro do STF era visto pelos criminosos como inimigo público incitados pelo governo Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou detalhes perturbadores sobre os planos dos golpistas que invadiram a sede dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Em uma entrevista ao jornal O Globo, Moraes destacou que um dos planos sinistros incluía sua prisão e enforcamento na Praça dos Três Poderes, local emblemático onde se encontram o Congresso Nacional, a Suprema Corte e o Palácio do Planalto. O ministro, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), descreveu outros dois planos maquiavélicos que visavam prejudicá-lo.

“O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio”, compartilhou Moraes.

Segundo o ministro, um terceiro plano, defendido por alguns mais exaltados, propunha sua prisão e enforcamento na Praça dos Três Poderes após o golpe. Moraes enfatizou o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, incapazes de distinguir a pessoa física da instituição. Ele ressaltou a gravidade dessas ameaças e a falta de discernimento por parte dos golpistas criminosos.

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Moraes, ciente dos riscos, revelou que já esperava algo parecido e manteve a tranquilidade diante da situação. Ele mencionou um quarto plano em investigação e destacou que, há anos, já recebia ameaças, especialmente contra suas filhas, fortalecendo a segurança da família diante do cenário tenso.

O ministro esclareceu que sua segurança permanece inalterada desde que assumiu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo em 2014. Ele ressaltou que, mesmo enfrentando ameaças da criminalidade organizada, o esquema de segurança se mantém há quase nove anos. Moraes expressou consternação diante das ameaças, revelando a misogenia dos agressores, que preferem ameaçar suas filhas com mensagens de cunho sexual.

Em um momento crítico para a democracia, o relato do ministro destaca a gravidade dos desafios enfrentados pelas instituições e a importância de garantir a integridade de autoridades que atuam em prol da justiça e do Estado de Direito.

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