Mortes provocadas por ciclone no Rio Grande do Sul chegam a 41

Enchentes devastam cidades, rodovias e pontes, deixando rastro de destruição

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O governo do Rio Grande do Sul anunciou um trágico aumento no número de óbitos causados pelas enchentes que varreram diversas cidades, elevando o total de vítimas fatais para 41, conforme dados divulgados às 19h desta quinta-feira (7).

Desolação em Muçum e em outras cidades

Das 41 mortes confirmadas, a cidade de Muçum registrou o maior número, com 15 vítimas. Outras localidades também enfrentam tristes perdas, como Roca Sales (10 óbitos), Cruzeiro do Sul (quatro óbitos), Lajeado (três óbitos), Ibiraiaras (duas óbitos), Estrela (duas óbitos) e, com uma vítima fatal em cada cidade, Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza.

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Ampliando o cenário de devastação

De acordo com informações do governo estadual, 25 pessoas ainda permanecem desaparecidas, aumentando a angústia das famílias. Além disso, os desabrigados somam 2.944, enquanto os desalojados já totalizam 7.607, demonstrando o alcance desastroso das enchentes que afetaram diretamente 122.992 pessoas, de uma forma ou de outra, devido às chuvas intensas provocadas pela passagem de um ciclone extratropical.

Estado de calamidade pública em crescimento

O número de municípios afetados também cresceu, atingindo um total de 83. Anteriormente, o governo federal já havia decretado estado de calamidade pública em 79 cidades, refletindo a gravidade da situação e a necessidade urgente de assistência.

Rodovias intransitáveis

No âmbito das infraestruturas, o estado enfrenta desafios significativos, com pelo menos 16 rodovias bloqueadas parcial ou totalmente devido às intensas chuvas, conforme último levantamento divulgado pelo governo na manhã desta quinta-feira (7).

Ponte desabada e estradas alagadas

O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e a Brigada Militar relatam a destruição de duas pontes importantes: uma localizada na ERS-448, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, e outra na ERS-431, em Bento Gonçalves, na fronteira com São Valentim do Sul. Adicionalmente, várias pistas encontram-se alagadas devido ao transbordamento dos rios causado pelo excesso de água das chuvas.

Resgate em andamento

A Marinha do Brasil tem desempenhado um papel vital no resgate de pessoas que ficaram isoladas, muitas vezes refugiando-se nos telhados de suas casas e edifícios. As embarcações da Marinha também estão sendo utilizadas para transportar materiais de apoio e suprimentos essenciais às vítimas, contribuindo para amenizar os impactos dessa tragédia.

Esta série de eventos catastróficos no Rio Grande do Sul destaca a urgente necessidade de coordenação de esforços e assistência para lidar com os efeitos devastadores das enchentes e ciclones que afetaram a região, exigindo uma mobilização eficaz das autoridades e da sociedade civil para garantir a recuperação e o apoio às comunidades atingidas.