O depoimento ocorreu nessa quarta-feira (17) na delegacia de Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Clayton Lima, Nitro News Brasil 18 de abril de 2024, 18:38
No desdobramento do caso envolvendo o idoso e a cuidadora em Bangu, o motorista de aplicativo que os transportou até a agência bancária para sacar um empréstimo expressou seu testemunho à polícia. Segundo informações obtidas pela reportagem da CBN, o condutor afirmou que o idoso segurou a porta do veículo ao sair, um detalhe relevante para entender os eventos que precederam o desfecho controverso dessa história.
Conforme relatado pelo motorista, ao chegar à residência de Érika de Souza Vieira Nunes para buscar os passageiros, a cuidadora solicitou auxílio a um terceiro homem, encontrado na esquina. Esse indivíduo teria adentrado a casa e ajudado a colocar Paulo Roberto Braga dentro do carro, carregando-o nos braços, indicando a condição de saúde fragilizada do idoso, incapaz de se locomover autonomamente.
Diante dessa situação, o condutor expressou sua preocupação a Érika de Souza sobre como seria a chegada ao destino final, considerando que a agência bancária estava localizada no movimentado calçadão de Bangu. Nesse contexto, a ajudante assegurou que providenciaria uma cadeira de rodas para transportar o idoso até o estabelecimento.
O relato do motorista inclui um período de espera de sete minutos até que Érika de Souza retornasse com a cadeira de rodas para auxiliar no desembarque do idoso. Segundo seu testemunho, no momento de deixar o veículo, Paulo Roberto Braga segurou a porta, um gesto que pode sugerir uma capacidade residual de movimento, contradizendo a suposta condição de imobilidade relatada anteriormente.
Contudo, contradizendo a versão apresentada pelo motorista, imagens de câmeras de segurança revelam que o idoso já estava imóvel ao chegar ao estacionamento do shopping próximo à agência bancária, levantando questões sobre a veracidade dos eventos narrados.
O desfecho desse incidente ocorrido na terça-feira (dia 16) resultou na prisão em flagrante de Érika de Souza, que agora enfrenta acusações de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. O delegado Fábio Luiz, responsável pelo caso, enfatizou que, embora não haja indícios de assassinato, todas as linhas de investigação permanecem abertas, destacando a complexidade e gravidade do ocorrido.