O movimento das placas tectônicas que formam a África indica que o continente está lentamente se dividindo em dois. De acordo com as estimativas, o processo deve durar entre cinco e dez milhões de anos.
A atividade tectônica do continente africano ganhou novas descobertas graças a dados de satélites. Estas informações vêm sendo utilizadas por cientistas para avaliar a emergência de novos oceanos no futuro geológico do planeta.
No caso da África, o processo está acontecendo na junção tripla do Afar, a interseção das placas Núbia, Somali e Arábica, localizada no leste do continente. A teoria mais aceita que explica o fenômeno é que rochas superaquecidas estão se elevando no manto terrestre, afastando as placas umas das outras.
A velocidade com que isso acontece, porém, é muito baixa. A placa Arábica tem se afastado das outras duas em uma velocidade de aproximadamente 2,5 centímetros por ano. Já as outras duas, que formam juntas a placa Africana, se separam a cerca de 0,5 centímetro por ano.
É aí que entram os novos dados. O advento do GPS permitiu aos cientistas medições muito precisas do processo, dando suporte à teoria.
Por que a África está se separando?
Quando alguma parte da crosta terrestre é submetida a forças horizontais, empurrando cada parte para lados opostos, ela vai se alongando e ficando mais fina. Em algum momento, a crosta se rompe, dando origem ao que é chamado de fossa ou fenda tectônica.
A formação da porção sul do Oceano Atlântico, bem como a separação entre a África e a América do Sul, é uma consequência desse processo. Em menor escala, o Recôncavo Baiano, no Brasil, também foi originado pelo afastamento de placas.
Mesmo que estas mudanças sejam pouco visíveis no tempo da vida humana, elas estão acontecendo e provam que a Terra está sempre em transformação.
Fonte: Popular Mechanics