Basílica consagrada em 1809 pertence à Igreja Ortodoxa Ucraniana (UOC), com laços a Moscou.
Um domingo trágico em Odessa: um ataque aéreo perpetrado pela Rússia contra a cidade portuária ucraniana resultou em uma vítima fatal e deixou 19 pessoas feridas, incluindo quatro crianças. A maior catedral da região, Catedral Spaso-Preobrazhenskyi, também conhecida como Catedral da Transfiguração, foi severamente danificada no bombardeio. A basílica, consagrada em 1809, é propriedade da Igreja Ortodoxa Ucraniana (UOC), que mantém laços com Moscou.
Governador da região, Oleh Kiper, expressou sua indignação com o ataque em mensagem no Telegram: “Odessa: outro ataque noturno dos monstros.” As autoridades relataram que 14 pessoas foram hospitalizadas, e seis casas e edifícios de apartamentos foram reduzidos a escombros.
A Igreja Ortodoxa Ucraniana é a segunda maior instituição religiosa do país, embora a maioria dos crentes ortodoxos ucranianos siga uma vertente diferente da fé. O governo ucraniano acusa a UOC de manter laços estreitos com a Igreja Ortodoxa Russa, mas a organização alega ter cortado esses laços em maio de 2022.
Com relação à catedral danificada, a administração militar da cidade informou que o ícone Kasperovska da Mãe de Deus, padroeira de Odessa, foi recuperado entre os escombros, trazendo um pequeno alívio espiritual em meio à devastação.
Repercussões do ataque e contexto geopolítico
Desde a semana passada, os russos têm intensificado os ataques em Odessa, assim como em outras instalações de exportação de alimentos ucranianos. Esses ataques quase diários ocorrem após a retirada da Rússia de um acordo mediado pela ONU que garantia o embarque seguro de grãos ucranianos. A medida afeta gravemente a economia ucraniana e coloca a população civil em grave risco.
A Rússia justifica essas ações como vingança por um ataque ucraniano realizado em uma ponte construída pelos russos para a Crimeia. Acusam a Ucrânia de utilizar o corredor marítimo para lançar “ataques terroristas”.
Relações internacionais e apelo por paz
A comunidade internacional tem acompanhado com crescente preocupação os eventos em Odessa e o conflito em curso entre Rússia e Ucrânia. Líderes mundiais e organizações têm reiterado apelos por uma solução pacífica e o fim dos ataques indiscriminados contra civis e locais sagrados.
Neste contexto, a União Europeia, os Estados Unidos e outras nações têm implementado sanções econômicas contra a Rússia, na tentativa de exercer pressão e buscar uma resolução diplomática para o conflito.
Um apelo à humanidade
Diante da tragédia em Odessa, é essencial que a comunidade global se una em solidariedade com o povo ucraniano e se empenhe em encontrar uma solução pacífica para o conflito. É imprescindível que todas as partes envolvidas respeitem o direito internacional humanitário e evitem ações que possam causar mais sofrimento e perdas de vidas inocentes.
A preservação do patrimônio cultural, como a Catedral Spaso-Preobrazhenskyi, é uma responsabilidade compartilhada por todos nós, e devemos assegurar que esses locais históricos sejam respeitados e protegidos.
O caminho para a paz
É necessário o diálogo construtivo e a vontade de todas as partes envolvidas em buscar uma solução diplomática e negociada para o conflito. A mediação internacional pode desempenhar um papel crucial nesse processo, facilitando a comunicação e buscando pontos de convergência.
A segurança da população civil deve ser uma prioridade absoluta, e a proteção de locais de culto e patrimônio cultural deve ser assegurada. A busca pela paz requer ações coordenadas e compromisso genuíno com a resolução dos problemas subjacentes ao conflito.
Em tempos tão sombrios, é necessário que líderes de todas as nações se unam para condenar a violência e trabalhar incansavelmente para alcançar a paz. É hora de colocar a humanidade em primeiro lugar e trilhar o caminho rumo à reconciliação e estabilidade na região. A paz não é apenas um desejo, mas uma necessidade urgente.