Operação de busca e resgate em andamento para submersível desaparecido na costa de St John’s, Canadá
Uma operação de busca e resgate está sendo realizada para localizar um submersível desaparecido operado por uma empresa especializada em expedições aos destroços do Titanic, ao largo da costa de St John’s, Newfoundland, no Canadá.
De acordo com autoridades, a embarcação possui entre 70 e 96 horas de suporte de vida, o que levanta preocupações sobre a segurança da tripulação a bordo.
A expedição teve início com uma jornada de 400 milhas náuticas até o local do naufrágio, situado a aproximadamente 900 milhas da costa de Cape Cod, Massachusetts. No entanto, logo após a descida do submersível no domingo de manhã, houve a perda de contato com a tripulação do navio de apoio Polar Prince, responsável pelo transporte da embarcação até o local, cerca de uma hora e quarenta e cinco minutos após a descida.
Diante desse incidente, a Guarda Costeira dos Estados Unidos foi alertada e iniciou as buscas na superfície da água, além de lançar uma aeronave para realizar buscas aéreas e de radar, conforme relatado pelo contra-almirante John Mauger em uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira.
A embarcação desaparecida, chamada “Titan”, pesa 23.000 libras e é construída com fibra de carbono e titânio, de acordo com a operadora de turismo OceanGate Expeditions. Com 21 pés de comprimento, o submersível possui suporte de vida para até 96 horas, conforme informações divulgadas no site da OceanGate. No entanto, autoridades afirmam que a disponibilidade de oxigênio a bordo está prevista entre 70 e 96 horas.
Os destroços do Titanic, descobertos em 1985, estão localizados em duas partes no fundo do oceano, a cerca de 13.000 pés abaixo da superfície.
Segundo as autoridades, cinco pessoas estão a bordo do submersível desaparecido. Um dos passageiros é o empresário Hamish Harding, de acordo com uma publicação nas redes sociais de sua empresa, Action Aviation. Normalmente, uma expedição conta com um piloto, um “especialista em conteúdo” e três passageiros pagantes, conforme informado no site da OceanGate. O custo para participar da expedição de oito dias é de, no mínimo, US$ 250.000, de acordo com a operadora. A Guarda Costeira está realizando a notificação das famílias das pessoas a bordo do submersível.
Os esforços de busca estão sendo intensificados com a utilização de aeronaves, bóias de sonar e um “sonar no navio que está lá fora para ouvir qualquer som que possamos detectar na coluna d’água”, conforme explicou Mauger. O navio Polar Prince também está auxiliando nas operações de busca, de acordo com um dos co-proprietários. Tanto as Forças Armadas do Canadá quanto a Guarda Costeira dos Estados Unidos enviaram aeronaves para a remota área do Atlântico Norte.
A prioridade da Guarda Costeira é localizar a embarcação desaparecida. Caso seja encontrada na água, serão elaborados planos de resgate em colaboração com a Marinha dos Estados Unidos, as Forças Armadas do Canadá e parceiros da indústria privada, a fim de avaliar as opções de “capacidade de resgate subaquático disponíveis”, conforme informou Mauger.