Primeiras imagens dos destroços do submersível Titan são divulgadas após chegada ao Canadá
Foram divulgadas as primeiras imagens dos destroços do submersível Titan, que hoje chegaram ao porto de Terra Nova e Labrador, no Canadá, conforme anunciado pela rádio estatal Ici Canadá.
Operação de resgate é finalizada após retorno do último navio de busca
O retorno do último navio envolvido nas buscas pelos restos do submersível marca o encerramento da operação de resgate, de acordo com informações divulgadas. O navio retornou hoje ao porto, encerrando os esforços de localização dos destroços.
Submersível da OceanGate desapareceu durante expedição ao Titanic
No dia 18, o submersível da empresa OceanGate submergiu para uma expedição ao Titanic e, cerca de duas horas depois, perdeu contato com o barco de apoio na superfície. Os tripulantes a bordo eram turistas que haviam pago cerca de R$ 1,2 milhão para ter a oportunidade de ver de perto o famoso navio naufragado em 1912.
Tripulação do submersível era composta por cinco pessoas
A expedição contava com um piloto e quatro passageiros a bordo do submersível Titan. Entre os tripulantes estavam Stockton Rush, presidente da OceanGate; Hamish Harding, um bilionário de 59 anos e presidente da empresa de aviação Action Aviation; um empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho; e Paul-Henry Nargeolet, renomado especialista em naufrágios e considerado um dos maiores conhecedores do Titanic.
Implosão é confirmada como causa do desaparecimento do submersível
Após quatro dias de intensas buscas, a Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou que o submersível Titan implodiu, resultando na morte de todos os ocupantes. A implosão ocorre quando um objeto ou estrutura colapsa em direção ao seu centro, sendo o oposto de uma explosão, em que a energia se expande a partir do centro.
Profundidade extrema e pressão submarina dificultaram qualquer possibilidade de sobrevivência
A descoberta dos destroços do submersível Titan a uma profundidade de 3,2 km revela a severidade das condições submarinas. O fundo do mar é um ambiente de extrema pressão, com a máxima profundidade já alcançada por um mergulhador chegando a 333 metros. Segundo Gustavo Roque da Silva Assi, professor da USP, uma pessoa seria capaz de nadar até no máximo 50 metros. Qualquer falha estrutural em um submarino abaixo dessa profundidade seria catastrófica e fatal para a tripulação.
Sobrevivência impossível em caso de falha estrutural em grandes profundidades
A chance de sobrevivência em um submarino que sofre uma falha estrutural abaixo de uma certa profundidade é nula. Em entrevista ao UOL, Gustavo Roque da Silva Assi, professor da USP, explicou que a pressão extrema do ambiente submarino torna qualquer falha nesse cenário potencialmente catastrófica e mortal para a tripulação.
Com a chegada dos destroços do submersível Titan ao Canadá, as investigações sobre o incidente e as possíveis causas da implosão terão um novo capítulo, buscando entender os eventos trágicos que levaram à perda da vida de todos os ocupantes da embarcação submersível.