Tormenta ainda causa estragos, mas diminui de intensidade
O furacão Milton, que atingiu a Flórida como uma tempestade de categoria 3 com ventos de até 193 km/h, foi rebaixado para a categoria 1 enquanto avança em direção ao Atlântico. Embora tenha perdido força, seus efeitos continuam devastadores, com inundações, rajadas de vento e quedas de energia generalizadas em diversas regiões do estado.
O Centro Nacional de Furacões (NHC) relatou que o furacão provocou várias fatalidades no condado de St. Lucie, localizado na costa atlântica da Flórida. O xerife Keith Pearson confirmou mortes no Spanish Lakes Country Club, embora os detalhes ainda estejam sendo investigados. A situação no estado é crítica, com mais de 2 milhões de pessoas sem energia elétrica.
Impactos ainda severos apesar da diminuição da intensidade
Mesmo com a queda para categoria 1, o furacão Milton continua a trazer ventos de 177 km/h, com rajadas ainda mais fortes, principalmente nas áreas próximas ao litoral. A cidade de Sarasota, que sofreu diretamente com a chegada da tempestade, está entre as mais afetadas, com ruas alagadas e infraestruturas comprometidas.
As chuvas torrenciais aumentam o risco de inundações nas principais áreas urbanas, incluindo Tampa, St. Petersburg e Clearwater. Em algumas dessas cidades, como Tampa, já foram registradas mais de 15 cm de chuva, com a expectativa de que o volume chegue a 35 cm em poucas horas.
Alertas de inundação repentina foram emitidos para milhões de pessoas, enquanto canais e sistemas de esgoto começam a transbordar, piorando as condições nas ruas.
Previsão para as próximas horas: furacão avança para o Atlântico
O furacão Milton deve continuar atravessando o estado em direção ao Atlântico, com cidades como Lakeland, Kissimmee e Orlando ainda em seu caminho. Embora o centro da tempestade esteja se afastando da costa do Golfo, os ventos fortes e as chuvas continuarão a causar impactos significativos nas áreas afetadas.
Meteorologistas do Centro Nacional de Furacões preveem que o Milton manterá a força de furacão até a manhã de quinta-feira (10), antes de finalmente enfraquecer ao entrar nas águas do Atlântico. A recomendação para os moradores ainda nas áreas de risco é seguir as orientações das autoridades e permanecer em locais seguros até que a tempestade se dissipe.
Intensificação histórica devido às altas temperaturas do oceano
A rápida intensificação do furacão Milton chamou a atenção dos meteorologistas. O fenômeno passou de uma tempestade tropical para um furacão de categoria 5 em um curto espaço de tempo, alimentado pelo recorde de calor nas águas do Golfo do México.
Com ventos que chegaram a 281 km/h, Milton foi classificado como a tempestade mais forte do planeta em 2024. Para efeito de comparação, o furacão Helene, que atingiu a Flórida no início do ano, também foi devastador, mas alcançou “apenas” a categoria 4 ao chegar à costa.
As autoridades já haviam alertado sobre o risco de uma nova grande tempestade no estado, que ainda se recupera dos danos causados por Helene.
Conclusão: Situação ainda crítica na Flórida
A diminuição da intensidade do furacão Milton é um alívio, mas os impactos ainda são severos, com milhões de pessoas sem energia e várias áreas enfrentando inundações. As autoridades continuam a monitorar a situação enquanto o furacão se afasta em direção ao Atlântico, e a prioridade agora é garantir a segurança dos moradores que ainda enfrentam os resquícios dessa poderosa tempestade.