Israel alega que a Jihad Islâmica tentou atingir Israel com mísseis em ataque a hospital
A Jihad Islâmica, um grupo atuante na Palestina, foi acusada de ser a responsável por um ataque a um hospital em Israel, resultando na trágica morte de aproximadamente 500 pessoas. Autoridades israelenses afirmaram que uma análise dos lançamentos de mísseis apontou para uma tentativa frustrada do grupo em atingir o território israelense.
Violando o direito humanitário internacional
Atacar hospitais e instalações de saúde civis durante conflitos é considerado um crime de guerra, de acordo com o direito humanitário internacional. Essa proibição é parte integrante da Convenção de Genebra de 1949, uma série de protocolos criados para evitar a repetição dos horrores das duas guerras mundiais.
Condições para hospitais civis
O artigo 18, Título II da IV Convenção de Genebra estabelece que cada hospital civil deve ser certificado como um centro de saúde civil e devidamente identificado de forma visível com emblemas como a cruz vermelha, o crescente vermelho ou outros símbolos em fundo branco. Israel, desde julho de 1951, é um dos Estados que se comprometeram a respeitar as Convenções de Genebra.
Ataque ao Hospital Ahli Arab na Faixa de Gaza
Nesta terça-feira (17), o hospital Ahli Arab, localizado na Faixa de Gaza, foi bombardeado, resultando na trágica morte de cerca de 500 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. O grupo Hamas alega que a destruição foi causada por um ataque aéreo de Israel.
Acusação da Jihad Islâmica
As Forças Armadas de Israel acusaram a Jihad Islâmica de ser a responsável pelo bombardeio que atingiu o hospital na Cidade de Gaza, levando à morte de 500 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A Jihad Islâmica é outro grupo armado islâmico que opera na região de Gaza.
Lançamento de foguetes próximos ao hospital
Israel também alegou que, no momento do bombardeio, foguetes lançados a partir de Gaza em direção ao território israelense passaram próximos ao hospital. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel anunciaram uma investigação para determinar a fonte das explosões, enfatizando a busca pela precisão e confiabilidade na apuração.
Casos anteriores de ataques a hospitais
Casos de ataques a hospitais durante conflitos armados não são únicos. Em 2015, os Estados Unidos bombardearam um hospital da organização Médicos sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, no norte do Afeganistão, resultando na morte de mais de 40 pessoas. Na época, a MSF alegou que o ataque queimou pacientes em seus leitos, causando ferimentos graves, o que levou a acusações de “crime de guerra” por parte do chefe do escritório de Direitos Humanos da ONU.
Controvérsia sobre o ataque nos EUA
Após o ataque, o então principal comandante americano no Afeganistão declarou que o hospital foi atingido por erro e que não houve intenção de mirar em uma instalação médica protegida. No entanto, essa versão foi rejeitada pela MSF. Em abril de 2016, o Pentágono alegou que o ataque ocorreu devido a uma série de erros e não poderia ser considerado um crime de guerra. O general Joseph Votel, do Comando Central das Forças Armadas, argumentou que a tripulação do caça AC-130 não dispunha de uma lista de locais protegidos na região de Kunduz.