Visita de Sayid Tenório, vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, levanta questões sobre conexões políticas
Cinco dias antes do atentado terrorista contra Israel, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, recebeu Sayid Tenório, um apoiador do Hamas, no Palácio do Planalto. A reunião contou com a presença de outros representantes palestinos, criando um cenário que levanta preocupações e questionamentos.
A visita de Sayid Tenório ao Palácio do Planalto foi documentada em detalhes, graças à publicação de fotos e informações em suas redes sociais. Sayid, que também é vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, compartilhou uma fotografia notável da ocasião, onde o Ministro Padilha estava ao seu lado, segurando o livro “Palestina, do mito da terra prometida à terra da resistência,” escrito pelo próprio ativista.
O desenrolar dos eventos trouxe ainda mais destaque para essa reunião, uma vez que a explosão do conflito entre Israel e Palestina levou Sayid Tenório a realizar várias manifestações pró-Palestina e pró-Hamas nas redes sociais. Uma dessas manifestações incluiu a publicação de uma foto que retratava um massacre de jovens pelo Hamas em uma festa de música eletrônica nas proximidades da fronteira com Gaza, acompanhada da legenda: “Colonos judeus ilegais sentindo na pele por um dia aquilo que os palestinos vêm sofrendo diariamente há 75 anos.”
Em outro post, Sayid expressou seu apoio à prática do Hamas de fazer reféns e o classificou como um “movimento de resistência.” Ele declarou: “O movimento de resistência palestino Hamas afirma ter capturado um número suficiente de soldados e um general israelense suficiente para trocá-los por todos os palestinos mantidos ilegalmente em prisões israelenses.”
A CNN procurou o Ministro Alexandre Padilha para obter esclarecimentos, e sua assessoria de imprensa afirmou que se tratava de uma “visita de cortesia” solicitada pelo embaixador do Brasil na Palestina, que também esteve presente na reunião. A nota oficial do ministro também condenou os atos terroristas ocorridos e expressou seu desejo de que a comunidade internacional atuasse para conter a escalada de violência na região.
Por outro lado, Sayid Tenório permaneceu em silêncio e não se manifestou até o momento, apesar do crescente escrutínio sobre sua relação com o Hamas.
O comportamento de Padilha e de outros líderes do PT também levanta questões. Embora não tenham mencionado nominalmente a organização Hamas, eles divulgaram notas oficiais genéricas após os atentados terroristas praticados contra Israel. O ministro Padilha afirmou no Twitter: “Presto minhas condolências às vítimas dos ataques realizados contra civis em Israel. O Brasil reafirma seu repúdio ao terrorismo em todas as suas formas e não medirá esforços para evitar a escalada do conflito.” Ele também mencionou que o presidente Lula reforça constantemente essa mensagem.
O posicionamento do governo brasileiro foi reforçado, indicando que no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil continuaria desempenhando seu papel de fortalecer a paz e reconhecer a importância de ambos os territórios em conflito, mantendo uma tradição na política externa.
A CNN buscou esclarecimentos adicionais, perguntando à assessoria de Padilha se ele considera atualmente o Hamas uma organização terrorista, mas, até o momento, não obteve uma resposta definitiva. A situação permanece em evolução, e as implicações dessa reunião continuam sendo objeto de análise e discussão.