O ciclista, Dijon Kizzee, de 29 anos, foi baleado mais de 20 vezes pelas costas na tarde de segunda-feira (31).
Fletcher Fair e Reggie Cole concedem entrevista no local onde Dijon Kizzee foi morto a tiros pela polícia de Los Angeles — Foto: Lucy Nicholson/ReutersUm ciclista foi baleado e morto pela polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos, no mais recente caso de morte de um cidadão negro por policiais norte-americanos. Nesta terça-feira (1º), o Departamento de Polícia e um advogado que representa a família do homem deram relatos divergentes sobre o incidente.
Dijon Kizzee, de 29 anos, foi baleado mais de 20 vezes pelas costas na tarde de segunda-feira (31) durante uma abordagem das forças de segurança da região. Benjamin Crump, representante da família de Kizzee, disse que o ciclista teria cometido uma violação do código de trânsito.
Já a versão do Departamento de Polícia de Los Angeles diz que Kizzee foi baleado menos de 20 vezes após ter deixado cair uma arma de fogo que levava e ter acertado um soco em um dos oficiais. A morte provocou novos protestos na cidade contra a violência policial.
Protestos antirracistas
A morte do ciclista negro acontece enquanto a cidade de Kenosha, no Wisconsin, tem mais um dia de protestos após um policial branco balear Jacob Blake, um homem negro, sete vezes pelas costas e à queima-roupa, deixando-o paralisado.
Os distúrbios se tornaram uma grande questão antecedendo as eleições presidenciais de 3 de novembro. Os protestos antirracistas acontecem quase diariamente em todos os EUA após o assassinato de George Floyd, ex-segurança negro, em uma abordagem policial em Mineápolis, em maio.
Ela estava acompanhada de ativistas que pediam uma investigação independente para o caso, conduzida pelo procurador-geral da Califórnia, nesta terça-feira. No mesmo dia, presidente Donald Trump, chegou a Kenosha para reunir sua base de apoiadores defendendo a polícia das críticas.
Versão oficial
Kizzee pedalava pelo bairro de Westmont, em Los Angeles, quando dois oficiais do departamento de xerife tentaram fazer com que ele parasse. Segundo Brandon Dean, do serviço de segurança, Kizzee abandonou a bicicleta e correu por uma quadra, perseguido pelos policiais.
Ele teria desferido um soco no rosto de um dos oficiais e deixou cair um amontoado de roupas que levava. Os policias disseram que uma arma de fogo semi-automática estava dentro do pacote de roupas, e foi então que os dois começaram a atirar em direção a Kizzee.
Dean não soube dizer qual parte do código de trânsito para ciclistas havia sido desrespeitada por Kizzee, ou quantas vezes ele teria sido alvejado. Seu gabinete se recusou a responder perguntas sobre o caso e sobre a situação dos dois oficiais envolvidos.
Fonte: G1