Líder mercenário incita levante cívil em resposta ao discurso do presidente russo na TV
Após discurso de Putin, líder do Grupo Wagner alega “escolha errada” e prevê novo presidente na Rússia
O líder do Grupo Wagner, um grupo de mercenários, declarou que o presidente russo, Vladimir Putin, fez a “escolha errada” em seu último discurso na TV, e afirmou que em breve a Rússia terá um “novo presidente”. Além disso, ele incitou um levante cívil contra o exército no país.
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— @AP Singh (@ap2tweets) June 24, 2023
No discurso televisionado, Putin dirigiu-se fortemente à recente onda de motins e insubordinação liderada pelos combatentes rebeldes do Grupo Wagner. Ele ressaltou que as ações desses indivíduos são consideradas traição à pátria e prometeu punição para os envolvidos nessa “aventura criminosa”.
As palavras de Putin foram direcionadas àqueles que, segundo ele, foram “enganados para uma aventura criminosa”, sem mencionar explicitamente os mercenários de Wagner. O líder russo enfatizou que o futuro da Rússia está em jogo, classificando as ações dos amotinados como uma “facada nas costas”.
Embora Putin evitasse citar nominalmente o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, ele fez menção às altas “ambições” de alguns indivíduos, que levaram à “alta traição”. O discurso de Putin deixou claro que aqueles que se opõem e dividem a Rússia enfrentarão as consequências de seus atos.
Além da ameaça de punição aos responsáveis pelos motins, o presidente russo alertou sobre a “punição inevitável” para aqueles que buscam dividir a sociedade russa. Putin ressaltou que a nação não pode permitir que forças internas ou externas provoquem a desunião e perturbem a ordem pública.
Para combater a instabilidade, Putin anunciou a implementação de um regime antiterrorista na capital Moscou e em diversas outras regiões. Essa medida visa à proteção e à preservação da integridade do país, a fim de garantir a estabilidade e a segurança da população russa.
No discurso, Putin tranquilizou a população, afirmando que todas as ordens necessárias já foram dadas para lidar com a crise em questão. Ele reafirmou seu compromisso em defender a Rússia de qualquer ameaça interna ou externa. Apesar de mencionar diversos aspectos relacionados à situação atual, o líder russo não fez referência específica aos mercenários de Wagner e seu líder, Prigozhin.
Com a promessa de punição e a implementação de um regime antiterrorista, a Rússia entra em um período de maior vigilância, enquanto o governo de Putin se empenha em restaurar a ordem e a estabilidade no país. A nação russa aguarda atenta às ações que serão tomadas pelo governo para enfrentar essa crise e garantir a coesão interna em meio aos desafios que se apresentam.