A fuga do líder da facção Los Choneros, ‘Fito’, no Equador, desencadeou uma crise que levou o país a declarar estado de emergência. Condenado a 34 anos por crimes graves, a influência de Fito revela a complexidade do tráfico internacional de drogas no Equador. A situação expõe a fragilidade do Estado e a necessidade de ações urgentes para combater o crime organizado. Saiba mais sobre as repercussões, rebeliões nas prisões e a resposta do governo em meio a uma crise que destaca a vulnerabilidade do país diante de organizações criminosas. Leia mais.
A fuga espetacular de Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, líder da perigosa facção criminosa Los Choneros, resultou na declaração de estado de emergência em todo o Equador. Fito, de 44 anos, cumpria pena desde 2011, sendo condenado a 34 anos por crimes que incluem organização criminosa, narcotráfico e homicídio. A sua fuga, pouco antes de sua transferência para uma prisão de segurança máxima, mobilizou mais de 3 mil policiais em uma busca que se estendeu por telhados e esgotos da prisão, revelando a magnitude da influência da facção.
As raízes de Los Choneros na Província de Manabí, com fortes conexões com o Cartel de Sinaloa, colocam o Equador em um papel crucial no tráfico internacional de drogas. A fragilidade do Estado e a escassez de recursos institucionais tornaram o país um espaço operacional para o crime, atraindo organizações criminosas. Esse cenário tem contribuído para um aumento da violência, alimentado por conflitos com cartéis da Colômbia e do México.
A saga de Fito inclui uma fuga anterior em 2013, quando escapou da prisão de segurança máxima A Rocha, em Guayaquil, navegando em um barco pelo rio Daule. Em maio de 2023, já sob a liderança de Macías, a quadrilha acumulou um patrimônio suspeito de mais de US$ 23 milhões, envolvendo um esquema de extorsão contra outros detentos.
A repercussão da fuga de Fito se estendeu para além das prisões, desencadeando rebeliões em várias instalações penitenciárias e até mesmo a invasão de um canal de televisão por criminosos armados. O presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou estado de emergência de 60 dias e ordenou operações militares para neutralizar esses grupos, evidenciando a gravidade da situação.
Como resposta ao caos, o governo equatoriano implementou um plano de segurança que inclui uma nova unidade de inteligência, armas táticas e navios-prisão temporários para prisioneiros perigosos. A crise atual ressalta os desafios enfrentados pelo país na luta contra o crime organizado e destaca a necessidade urgente de fortalecimento das instituições estatais.
Em meio ao tumulto, o Equador se torna um território de destaque para organizações criminosas, refletindo a complexidade da situação e a busca por soluções eficazes. O estado de emergência coloca a polícia em cooperação com as Forças Armadas, enquanto toques de recolher e medidas de segurança são implementados para restaurar a ordem em um país que se tornou alvo para criminosos internacionais.