Rússia sugere negociar em Belarus, Ucrânia rejeita pois quer fazer isso em um país neutro

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Uma delegação de representantes do governo russo chegou à Belarus neste domingo (27) para negociar com os ucranianos, disse um porta-voz do governo da Rússia. O grupo inclui representantes dos ministérios da Defesa e de Relações Internacionais e membros do gabinete de Vladimir Putin.

Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, se recusou a enviar uma delegação à Belarus porque o país não é neutro e, portanto, não é indicado para as negociações. Ele afirmou que só seria possível conversar em Gomel (cidade da Belarus) se ataques da Rússia não tivessem partido justamente de território belorusso. Os ucranianos estão abertos a conversas, desde que aconteçam em um país que não tenha participado das agressões à Ucrânia, disse ele.

Os russos foram a Gomel mesmo sabendo que a viagem não faz sentido, disse Mykhailo Podolyak, um assessor de Zelensky.

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Putin aparece rapidamente na TV russa

O presidente Vladimir Putin deu declarações públicas neste domingo (27), as primeiras desde sexta-feira. Assim como outros membros do governo russo, ele chamou a invasão da Ucrânia de “operação especial” e disse que o propósito é ajudar as pessoas da região do Donbass (área do leste da Ucrânia onde há separatistas).

Ele apareceu rapidamente na TV para parabenizar os soldados por causa de uma data, o Dia das Forças Especiais.

No sábado, o órgão de controle de comunicações da Rússia acusou 10 veículos de comunicação do país de retratar falsamente o que a Rússia chama de “operação militar especial na Ucrânia” e de distribuir informações falsas.

ONU: pelo menos 64 civis morreram

Pelo menos 64 civis morreram e mais de 160 mil tiveram que sair de suas casas na Ucrânia desde o começo da invasão por tropas russas, disse uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) neste domingo (27).

Além dos mortos, há 176 feridos, de acordo com as informações do Comissariado para Direitos Humanos da ONU.

Além dos 160 mil que tiveram que sair de suas casas, há 116 mil que deixaram a Ucrânia.

Essas são as informações que chegaram à ONU; no relatório afirma-se que os número são provavelmente mais altos.

Os dados são referentes aos três primeiros dias da invasão russa.

Fonte: G1