Sobe para 288 o número de mortos em descarrilamento de trem na Índia

Autoridades confirmam o aumento no número de vítimas fatais e mais de 900 pessoas feridas após um grave acidente envolvendo trens na Índia. Os hospitais e enfermarias da região estão lotados com os feridos em decorrência da tragédia.

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Acidente de trem deixou dezenas de mortos na Índia — Foto: REUTERS/Stringer

Como foi o acidente?

O acidente ocorreu na última sexta-feira (2) no estado de Odisha, no leste da Índia. Segundo informações oficiais, um trem de passageiros colidiu de frente com uma composição de carga. O trem de passageiros, conhecido como Coromandel Express, estava em rota de Calcutá para Chennai.

A colisão resultou no descarrilamento de 22 vagões do Coromandel, com três deles colidindo posteriormente com a parte traseira de um terceiro trem, o Yeshwantpur-Howrah Express, que passava no mesmo momento. Os trilhos da ferrovia foram danificados, e vários vagões ficaram completamente destruídos, alguns empilhados uns sobre os outros devido à força do impacto.

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Quantos passageiros estavam a bordo dos trens?

Segundo relatos do jornal “The Times of India”, cerca de 1.257 passageiros estavam no Coromandel Express, enquanto outros 1.039 viajavam no Yeshwantpur-Howrah Express.

Alguém ficou ferido?

O acidente resultou em um número significativo de vítimas. Até o momento, foram confirmadas 288 mortes, além de aproximadamente 900 pessoas feridas. De acordo com autoridades locais, esse é o acidente ferroviário mais mortal na Índia nos últimos 20 anos. Muitos feridos estão em estado grave, de acordo com o diretor-geral do Corpo de Bombeiros de Odisha, Sudhanshu Sarangi.

Para onde os feridos estão sendo levados?

As vítimas foram encaminhadas para hospitais na região, de acordo com o secretário-chefe de Odisha, Pradeep Jena. No entanto, os hospitais e enfermarias estão completamente lotados, dificultando o atendimento adequado às vítimas. Jena ressaltou que a prioridade é resgatar e fornecer suporte médico aos feridos.

Haverá alguma investigação sobre o acidente?

O ministro das ferrovias da Índia, Ashwini Vaishnaw, ordenou uma investigação de alto nível para apurar as causas do acidente. Será realizado um inquérito detalhado, com a participação do comissário de segurança ferroviária, para esclarecer as circunstâncias do ocorrido. Segundo autoridades, a possibilidade de um “erro humano na sinalização” está sendo considerada como uma das causas do acidente.

Quantas equipes de resgate foram mobilizadas?

Além das equipes de resgate de Bhubanewswar e Calcutá, cerca de nove equipes da Força Nacional de Resposta a Desastres foram mobilizadas. Militares e helicópteros da Força Aérea Indiana também foram enviados à região para auxiliar nas operações de socorro e resgate. Funcionários afirmaram que aproximadamente 200 ambulâncias, 50 ônibus e 45 unidades móveis de saúde trabalharam no local do acidente, além de contar com 1.200 membros das equipes de resgate.

Os trens foram cancelados na região?

As autoridades ferroviárias da região cancelaram pelo menos 90 trens e desviaram outros 49 para rotas alternativas devido ao acidente.

Haverá alguma compensação financeira para as vítimas?

O governo anunciou uma compensação financeira para as vítimas do acidente. Os parentes mais próximos das pessoas falecidas receberão 500 mil rúpias indianas (aproximadamente R$ 30 mil) como forma de indenização. Além disso, os feridos receberão 100 mil rúpias indianas (cerca de R$ 6 mil), enquanto outras vítimas serão indenizadas com 50 mil rúpias (aproximadamente R$ 3 mil).

O que dizem as autoridades?

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, expressou pesar em suas redes sociais e afirmou que toda a assistência necessária será fornecida às vítimas. Modi destacou que o acidente representa um sério problema para o governo e garantiu que serão realizadas investigações para responsabilizar os envolvidos. O primeiro-ministro também visitou hospitais e conversou com as vítimas do acidente.

Diversas autoridades internacionais também manifestaram suas condolências, incluindo o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, e o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Csaba Korosi. O Papa Francisco enviou suas orações e bênçãos às vítimas por meio de um telegrama enviado pelo Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin ao Núncio Apostólico na Índia, Dom Leopoldo Girelli.