Especialistas em geofísica marinha afirmam que as chances de encontrar algo no fundo do mar, em grande profundidade, utilizando um veículo operado remotamente (ROV), dependem da definição precisa da área de busca. Dr. Rob Larter, geofísico marinho, explicou durante uma coletiva de imprensa realizada nesta manhã: “Todos nós vimos os relatos dos sons que foram detectados. No entanto, o fato de a área de busca ainda ser tão grande indica que ninguém conseguiu localizar com confiança a origem desses sons.”
Cada uma das bóias sonoras flutuantes deve ser capaz de fornecer um rumo. Portanto, dependendo do número e da localização das bóias em relação ao local da fonte do som, isso poderia fornecer o que o especialista em resgate e busca submarina Frank Owen descreve como “um ponto de referência cruzado” do som.
“Isso deve ser possível”, ele me disse. “Mas se for o Titan, eles estão batendo em um casco de fibra de carbono, não em um casco de aço. É como bater em um tronco em vez de bater em um sino – é menos alto e mais abafado, então o som não se propaga tão bem pela água.”
As equipes de busca estão explorando a possibilidade de usar tecnologias avançadas, como sonares e magnetômetros, para refinar a área de busca. A localização precisa da fonte do som é crucial para maximizar as chances de sucesso.
No entanto, a natureza imprevisível e desafiadora do ambiente marinho apresenta obstáculos significativos. A topografia complexa do fundo do mar, com suas cordilheiras e vales submarinos, pode dificultar a definição exata da área de busca. Além disso, a propagação do som na água é influenciada por diversos fatores, como temperatura, salinidade e correntes oceânicas, tornando a tarefa ainda mais complexa.
Os especialistas estão analisando cuidadosamente os dados acústicos coletados até o momento, comparando-os com registros históricos de assinaturas sonoras de diferentes tipos de embarcações e estruturas submarinas. Essa análise ajudará a descartar falsos positivos e a refinar a busca, concentrando-se nas áreas mais promissoras.
Os desafios enfrentados nas buscas submarinas reforçam a importância de tecnologias avançadas e especialistas altamente treinados. A colaboração entre cientistas, engenheiros e equipes de busca e resgate é essencial para maximizar as chances de sucesso e garantir a segurança das operações.
As equipes de busca estão comprometidas em empregar todos os recursos disponíveis para resolver o mistério dos ruídos submarinos. A busca continua, com a esperança de que um “ponto de referência cruzado” seja identificado em breve, levando a informações cruciais sobre a origem desses sons misteriosos.