Condenação veemente do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia aos ataques contra museus e prédios históricos em Odessa.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu com veemência ao novo ataque russo que atingiu a cidade de Odessa, no sul da Ucrânia. Segundo informações da RFI, o ataque consistiu no disparo de 19 mísseis que resultaram na morte de duas pessoas e na destruição de uma catedral histórica. Zelensky prometeu tomar medidas retaliatórias em resposta ao ataque, que mais uma vez colocou a cidade de Odessa sob o fogo dos mísseis russos.
O ataque a Odessa, cidade classificada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco no início do ano, gerou uma forte condenação por parte do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia. A catedral histórica, protegida pela Unesco, foi alvo direto do ataque, o que levou o governo ucraniano a classificá-lo como um “crime de guerra” que não será esquecido ou perdoado.
Neste contexto de tensão, a contraofensiva ucraniana lançada no início de junho foi alvo de comentários do presidente russo Vladimir Putin. Em reunião com o presidente bielorrusso, Putin afirmou que a ação ucraniana falhou, sugerindo a continuidade da escalada de conflitos entre os dois países.
Diante dos ataques frequentes que Odessa tem sofrido, incluindo a recente ofensiva que resultou em vítimas civis, incluindo crianças, a cidade se vê novamente mergulhada em temor e incertezas quanto ao seu futuro. O foco dos ataques, segundo as autoridades ucranianas, está na infraestrutura portuária da cidade, com acusações de que Moscou visa dificultar a retomada das exportações de grãos ucranianos.
Zelensky não poupou palavras ao condenar os ataques russos contra sua nação. “Mísseis contra cidades pacíficas, contra prédios de apartamentos, uma catedral (…)”, disse o presidente, enfatizando a gravidade das ações destrutivas do inimigo. Ele reiterou a determinação da Ucrânia em responder a esses ataques com medidas que busquem defender o país e sua população.
Enquanto a Ucrânia acusa a Rússia de alvejar alvos civis e históricos, o Exército russo defende que suas ações têm como objetivo apenas locais militares. Em uma declaração, a instituição alegou que os bombardeios recentes foram direcionados a locais onde “estavam em preparação atos terroristas contra a Rússia usando drones navais”.
Vídeo mostra estragos deixados após bombardeiro a catedral na Ucrânia
A Unesco também entrou na discussão, condenando veementemente os ataques russos não apenas contra a catedral histórica, mas também contra vários museus e prédios históricos no centro de Odessa. A organização expressou sua preocupação com a preservação do patrimônio cultural da cidade e instou as partes envolvidas a cessarem as hostilidades que colocam em risco a integridade de sítios de valor histórico e cultural.
Enquanto os líderes mundiais buscam soluções para a crise, a população de Odessa e de outras áreas afetadas pelo conflito continua a enfrentar os horrores da guerra e a incerteza do futuro. A retórica de retaliação e a escalada de tensões entre Ucrânia e Rússia deixam o cenário internacional em alerta, na esperança de que se encontre uma solução diplomática para evitar mais danos humanos e patrimoniais.