Debate da TV Cultura termina em agressão de Datena a Marçal; Veja como foi o embate

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O debate entre os candidatos à prefeitura, realizado pela TV Cultura, foi marcado por um incidente inesperado que dominou as manchetes. O confronto, que teve início de forma morna devido às regras rígidas estabelecidas, escalou rapidamente quando o apresentador José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal (PRTB) durante o evento. A seguir, confira os principais momentos do debate que culminaram na agressão e as reações dos candidatos.

Agressão no Quarto Bloco

O debate, transmitido ao vivo neste domingo, 15, teve um momento de alta tensão no quarto bloco. O clima já estava carregado desde a segunda rodada, quando Pablo Marçal fez uma acusação grave contra Datena. Ele alegou que Datena havia cometido um “estupro”, citando uma música dos Racionais e questionando diretamente o candidato do PSDB sobre o episódio. Datena respondeu calmamente, esclarecendo que a acusação havia sido retirada e a pessoa responsável responsabilizada. No entanto, o embate esquentou com Datena chamando Marçal de “ladrãozinho de banco”.

A situação atingiu um ponto crítico quando Marçal questionou Datena sobre sua disposição em continuar na candidatura e o acusou de “palhaçada”. Datena reagiu chamando Marçal de “bandidinho”. A troca de ofensas culminou em Datena agredindo Marçal com uma cadeira, levando a TV Cultura a interromper a transmissão ao vivo e acionar a segurança.

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Regras Rígidas e Confrontos Iniciais

O debate começou com regras bastante rígidas, proibindo adereços de propaganda e limitando as interações entre os candidatos. Marçal, mesmo proibido de usar boné, fez o símbolo “M” com os dedos durante sua apresentação. Os primeiros blocos foram marcados por uma abordagem mais controlada, com perguntas sorteadas e respostas sem réplicas.

Tabata Amaral (PSB) apresentou suas propostas para habitação, enquanto Datena criticou a gestão de Ricardo Nunes (MDB) ao abordar mobilidade. Marina Helena (Novo) focou em segurança pública e Guilherme Boulos (PSOL) destacou seus planos para a educação. A primeira troca de acusações surgiu quando Nunes evitou responder sobre a suspensão do serviço de aborto em um hospital e Marçal foi criticado por quebrar as regras do debate.

Troca de Acusações e Polêmicas

No segundo bloco, o debate esquentou com um embate entre Nunes e Boulos. Nunes questionou Boulos sobre o “busão da maconha e do crack”, enquanto Boulos usou uma mensagem indireta para atacar Nunes, fazendo referência a uma antiga acusação de agressão feita pela esposa dele. Além disso, Marçal tentou usar Marina Helena como apoio para atacar o prefeito Nunes, mas acabou sendo pressionado por Helena a se posicionar sobre o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

O terceiro bloco foi relativamente morno, com menos ataques diretos entre os candidatos. Nunes intensificou as críticas a Boulos, acusando-o de apoiar a legalização das drogas e associando-o ao PCC. Boulos rebatou, criticando Nunes por não apresentar propostas concretas para reduzir a população em situação de rua. Nunes também atacou o presidente do PRTB, partido de Marçal, por alegado envolvimento com o crime organizado.

Reações Após a Agressão

Após a agressão, Boulos lamentou o incidente, e os confrontos subsequentes se concentraram principalmente entre ele e Nunes, que estão na liderança das pesquisas. Marçal, após a agressão, saiu do debate para buscar atendimento médico. Nunes aproveitou a oportunidade para provocar Boulos com uma pergunta sobre o tema da “máfia das creches”.

Tabata Amaral utilizou o ocorrido para destacar a sub-representação das mulheres na política, chamando a postura masculina no debate de “revoltante”. Ela agradeceu a Marina Helena por manter o nível do debate e responder de forma focada sobre propostas para adaptação climática.

 

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